ACELERANDO A IMUNIZAÇÃO: Oxford estuda vacina contra covid-19 em forma de pílula ou spray
A Universidade de Oxford, que desenvolveu uma das vacinas contra a covid-19, iniciou um estudo para descobrir se o imunizante poderia ser tomado em forma de pílula ou spray nasal, o que poderia acelerar campanhas de vacinação.
O novo produto, no entanto, provavelmente demoraria mais de 1 ano para chegar ao mercado, já que seriam necessários estudos pré-clínicos, clínicos e aprovação de órgãos reguladores.
Sarah Gilbert, principal profissional na equipe de desenvolvimento da vacina, diz que a via intramuscular, meio pelo qual todas as vacinas contra a covid-19 estão sendo administradas, não é necessariamente a melhor forma de oferecer proteção contra infecção por vírus respiratório.
Ela explica que algumas vacinas contra gripe têm o formato de spray nasal.
“Também é possível considerar a vacinação oral, em que você toma um comprimido que vai lhe dar a imunização, e isso teria muitos benefícios para o lançamento da vacina se você não tivesse que usar agulhas e seringas para as pessoas”, afirmou a professora.
Mas as respostas imunológicas da pílula ou do spray podem ser diferentes daquelas obtidas com injeção intramuscular. Por isso, é necessário testar sua segurança e eficácia.
“Mas eles têm vantagens potencialmente grandes, e é aí que vamos concentrar nossa atenção”, ressaltou a pesquisadora.
Na 4ª feira (24.fev.2021), Gilbert informou sobre a nova pesquisa aos parlamentares britânicos.
No ano passado, após testes realizados em macacos, a empresa britânica de biotecnologia IosBio fez parceria com a ImmunityBio, dos Estados Unidos, para desenvolver vacinas orais contra o coronavírus. Os ensaios clínicos estão em andamento na África do Sul e nos Estados Unidos.
A IosBio já estava trabalhando para desenvolver uma vacina oral para o vírus Zika por meio de financiamento do governo do Reino Unido.