O que é e quem pode tomar vacina bivalente contra covid-19 a partir desta terça

Começa hoje (27/2) uma nova etapa da campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil. Desta vez, o reforço que será aplicado é a vacina bivalente da Pfizer, que protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.

O Ministério da Saúde dividiu os grupos prioritários em cinco fases (veja abaixo) e informou que a vacinação será escalonada em etapas, conforme o envio das doses aos estados e o recebimento de novas doses pela Pfizer.

Entenda as cinco fases

Segundo estimativas da pasta, as pessoas elegíveis para receber a vacina bivalente totalizam 54 milhões de brasileiros. Veja abaixo quem são elas e quando poderão receber a nova dose:

  • Fase 1 (a partir de 27/02): Pessoas acima de 70 anos; pacientes imunossuprimidos a partir de 12 anos; pessoas vivendo em ILPs (instituições de longa permanência) e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
  • Fase 2 (a partir de 06/03): Pessoas de 60 a 69 anos;
  • Fase 3 (a partir de 20/03): Gestantes e puérperas;
  • Fase 4 (a partir de 17/04): Profissionais da saúde;
  • Fase 5 (a partir de 17/04): Pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

Para receber a bivalente, aqueles que estiverem no grupo prioritário já devem ter recebido pelo menos duas doses da vacina monovalente. Além disso, o reforço poderá ser aplicado somente naqueles que receberem a última dose há mais de 4 meses.

Quem são considerados pacientes imunossuprimidos?

Veja abaixo quais são os grupos de pacientes imunossuprimidos contemplados pela fase 1:

  • Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
  • Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;
  • Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
  • Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
  • Pessoas com neoplasias hematológicas, como leucemias, linfomas e síndromes mielodisplásicas;
  • Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.

E quem não está nos grupos prioritários?

Até o momento não há previsão para que pessoas de fora dos grupos prioritários recebam a nova dose no Brasil.

Mas o Ministério também quer intensificar a campanha com a vacina monovalente para os maiores de 12 anos, devido à baixa cobertura vacinal no país.

Portanto, quem não faz parte dos grupos prioritários deve checar se já completou o esquema vacinal recomendado pela pasta de acordo com a faixa etária:

  • Três doses (primeira dose, segunda dose e dose de reforço) para todos com mais de seis meses de idade.
  • Quarta dose (o segundo reforço) para quem tem mais de 40 anos.

O que é vacina bivalente?

As bivalentes recebem esse nome porque, diferentemente das monovalentes, que só tinham a cepa original do vírus, elas foram atualizadas para proteger também contra a variante ômicron, que predomina atualmente no mundo.

Como assim? Essas novas vacinas passaram pelo mesmo processo de produção, mas, além de componentes da cepa original, também levam outros ingredientes modificados para atingir a ômicron.

Para quem não faz parte dos grupos prioritários, a Anvisa reforça que a vacina monovalente original continua sendo fundamental no combate à covid-19.

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