Após não ser encontrado, Ricardo já é considerado foragido e está na lista vermelha da Interpol

Após o mandado de prisão emitido pelo desembargador Ricardo Vital que pede a prisão preventiva do ex-governador Ricardo Coutinho, as polícias envolvidas na Operação Calvário não encontraram Coutinho em sua residência e em nenhuma casa de parentes. Informações extraoficiais apuradas pelos órgãos responsáveis apontam que Ricardo fugiu para a Europa e seu nome já teria sido passado para a “lista vermelha” da Interpol.

Ricardo Coutinho é apontado como chefe de uma organização criminosa onde teria desviados junto com auxiliares de seus governos, mais de R$ 134 milhões da gestão da saúde na Paraíba.

Juízo Final

A ação tem por objetivo investigar a atuação de organização criminosa por meio da contratação fraudulenta de Organizações Sociais (OS) para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação no Estado da Paraíba.

Este trabalho conjunto representa a sétima fase da Operação Calvário e o aprofundamento das investigações demonstrou que os recursos públicos repassados às Organizações Sociais contratadas pelo Governo da Paraíba para gerir as unidades estaduais de saúde e de educação, eram, em parte, desviados em favor dos integrantes da Organização Criminosa.

Os levantamentos apontaram que, no período de 2011 a 2019, somente em favor das OS contratadas para gerir os serviços essenciais da Saúde e da Educação, o Governo da Paraíba empenhou 2,4 bilhões de reais, tendo pago mais de 2,1 bilhões, sendo que destes, 70 milhões de reais teriam sido desviados para o pagamento de propina aos integrantes da Organização Criminosa.

Na área da saúde, as irregularidades eram executadas notadamente por meio de direcionamento de contratos de prestação de serviços, aquisição de materiais e equipamentos para as unidades hospitalares junto a empresas integrantes do esquema e indicação de profissionais para trabalharem nas unidades de saúde.