R$150 MIL NA MÃO: Carlos Bolsonaro comprou apartamento com dinheiro vivo aos 20 anos

O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) comprou um apartamento por R$ 150 mil com dinheiro vivo, em 2003. O filho do presidente Jair Bolsonaro tinha apenas 20 anos quando ocorreu a transação.

A compra do apartamento foi a primeira aquisição imobiliária de Carlos Bolsonaro, logo após ter sido lançado na política pelo pai, em 2000, antes mesmo de completar. Ele agora tenta o sexto mandato nas eleições de novembro e é investigado por supostamente se apropriar dos salários de funcionários “fantasmas” na Câmara Municipal.

Embora não seja crime, transações em espécie costumam ser utilizadas para impedir o rastreamento e ocultar a origem ilícita do dinheiro. O uso de valores em espécie é um hábito da família Bolsonaro, que é investigado no caso da “rachadinha”.

Segundo o Ministério Público, em esquema de corrupção no gabinete de outro filho do presidente, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando ele era deputado estadual, desviava salários de funcionários. As investigações mostram a compra de imóveis e o pagamento de despesas pessoais em dinheiro vivo, operadas pelo então assessor de Flávio, Fabrício Queiroz.

Outro levantamento também indicou o abastecimento de campanhas de Jair, Carlos, Flávio e Eduardo (PSL-SP), entre 2008 e 2014, com valores em espécie. No total, o clã teria movimentado R$ 3 milhões em dinheiro vivo nos últimos 25 anos.

De acordo com a escritura obtida pelo jornal no cartório em que foi fechado o negócio, o apartamento foi pago em “moeda corrente do país, contada e achada certa”. O imóvel fica na rua Itacuruçá, na Tijuca, e ainda pertence ao parlamentar. Na eleição de 2016, ele declarou que o apartamento valia R$ 205 mil.

Procurado pelo Estadão, o vereador não respondeu.

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