BOM OU RUIM? Entenda por que ‘vender as férias’ para complementar a renda pode dar prejuízo ao empregado

Um levantamento realizado pelo site de empregos Indeed revelou que 27% dos trabalhadores brasileiros costumam vender uma parte de seus dias de férias para complementar a renda.

O estudo, obtido com exclusividade pelo jornal Valor Econômico, ouviu cerca de 900 profissionais do Brasil.

De acordo com o diretor de vendas da Indeed, Felipe Calbucci, o dado chama atenção já que abrir mão dos dias de descanso influencia diretamente no bem-estar físico e emocional dos trabalhadores.

O estudo também mostrou que os trabalhadores tendem a fazer horas extras: 55% dos brasileiros continuam exercendo atividades mesmo quando o turno oficial termina, e uma em cada oito pessoas relata trabalhar mais do que o combinado sem receber nenhum tipo de remuneração.

Além disso, 71% dos entrevistados acham que fazer horas extras reflete em seu compromisso com o trabalho e com a empresa.

“Isso nos mostra que muitas pessoas ainda cultivam a mentalidade de que é preciso trabalhar horas extras com frequência para ser valorizado, e isso é algo que as empresas precisam se atentar para mudar culturalmente, pois pode causar desgaste nos trabalhadores”, alerta Calbucci.

O especialista ressalta que os empregadores devem priorizar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal de seus funcionários, além de garantir que todos tenham tempo adequado para descansar e se recuperar, já que a sobrecarga de trabalho pode afetar a maneira como as pessoas desempenham suas funções.

Folga remunerada

Para Calbucci, o ideal é que as empresas ofereçam mais folgas às suas equipes e desenvolvam estratégias para promover o bem-estar no ambiente de trabalho, sendo indispensável o período de férias e o cumprimento do horário de expediente já determinado.

“Um dos novos benefícios oferecidos por muitas empresas fora do país é a folga remunerada ilimitada”, lembra.

Ainda segundo a pesquisa do Indeed, 79% das pessoas acreditam que seriam ainda mais produtivas se pudessem contar com a possibilidade de tirar férias ilimitadas. No entanto, apenas 9% afirmam que a empresa onde trabalham fornece esse benefício.

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