Caiu em golpe no carnaval? Saiba o que fazer

Em meio às aglomerações por conta do carnaval, fraudadores aproveitam a distração dos foliões para aplicar golpes financeiros. Entre os mais comuns estão os golpes envolvendo o Pix, por meio do roubo de celulares, e os cartões de crédito ou débito (e as conhecidas “maquininhas”).

Mesmo tomando todas as medidas que tem conhecimento para se proteger, com a variedade de táticas usadas pelos criminosos é possível que o folião se perceba vítima de algum golpe. Saiba o que fazer caso tenha caído em alguns dos golpes financeiros mais comuns.

Roubo, furto ou troca de cartão

Os meios de pagamentos como os cartões de crédito e débito facilitam a vida do consumidor, mas também podem trazer algumas dores de cabeça. Em casos de roubo ou furto, principalmente quando os cartões funcionam por aproximação, uso que dispensa a senha para pequenos valores, os golpistas podem causar prejuízos financeiros à vítima.

Outro golpe relatado por consumidores é o que ocorre quando o golpista se disfarça de vendedor ambulante, pede que o comprador insira o cartão na maquininha e, em um momento de distração, troca o cartão por outro idêntico, provavelmente furtado de outra pessoa. Quando pede para o cliente digitar a senha, o golpista pode observar os números digitados para conseguir usar o cartão posteriormente para transações e compras. Pode ser que o consumidor só perceba que não tem seu cartão em mãos quando receber as notificações sobre as transações em seu celular.

Ao ter cartões roubados ou furtados, é preciso entrar em contato imediato com o banco emissor ou a administradora do cartão para que o cartão seja bloqueado. Também é preciso registrar um boletim de ocorrência. O Estado de São Paulo oferece a possibilidade de registrar ocorrência de forma online para parte dos crimes, como roubo e furto, por meio do site da Secretaria de Segurança Pública. A alternativa também está disponível em outros Estados, mas pode ser preciso ir até uma delegacia para fazer o registro.

Alguns consumidores também já registraram ser vítimas de transações indevidas por aproximação em casos em que se encontravam em meio a aglomerações. Provavelmente, o cartão estava guardado em um bolso ou outro local de fácil acesso para que o golpista aproximasse uma maquininha dele. Nesse caso, também é preciso registrar o boletim de ocorrência e notificar o banco, contestando a compra e solicitando o estorno.

Golpes das “maquininhas”

Um dos golpes que envolvem as “maquininhas” de cartão ocorre quando o golpista pede que o cliente insira o cartão e digite a senha, mas o visor da maquininha está danificado ou não mostra o valor que está sendo cobrado. O valor costuma ser muito maior do que o cliente pensa que está pagando.

O cliente deve então entrar em contato com a instituição financeira para contestar a transação e tentar reaver o dinheiro, além de registrar um boletim de ocorrência.

Golpe do Pix

Casos de roubos e furtos de celular em meio à folia são comuns e dão origem a uma corrida contra o tempo para que a vítima bloqueie o acesso ao celular e aos aplicativos de bancos. Isso porque o principal objetivo dos criminosos é acessar os aplicativos bancários para realizar transações indevidas, especialmente através do Pix. Se o aparelho estiver desbloqueado no momento do roubo, o acesso ficará ainda mais facilitado para o golpista.

O recomendado é que as vítimas a*cionem o banco imediatamente após ter o aparelho roubado, por meio dos canais de atendimento da instituição financeira, solicitando o bloqueio do aplicativo e das transferências*. Se a vítima conseguir realizar a solicitação a tempo, o banco pode até mesmo conseguir reter a transferência indevida. É imprescindível ainda registrar boletim de ocorrência.

Também é preciso notificar a operadora de telefonia, para que seja efetuado o bloqueio da linha. A operadora pode solicitar dados pessoais, número do boletim de ocorrência e o IMEI, sigla de International Mobile Equipment Identity, registro de identificação de cada aparelho que possibilita um bloqueio mais rápido. O IMEI precisa estar anotado em local seguro para que seja usado em caso de roubo. Para descobrir o IMEI do aparelho registrado, é possível discar o comando *#06# no telefone. Celulares com mais de um chip podem ter mais de um IMEI.

Outra medida que a vítima deve realizar é trocar as senhas de aplicativos sensíveis, como os de bancos, e-mail e também de redes sociais, para evitar que seus perfis sejam usados pelos bandidos para aplicar mais golpes envolvendo seus contatos. Como precaução, senhas seguras, tanto para aplicativos de banco como para outras contas, devem ser de uso exclusivo para aquela determinada conta, sem se repetir para acessar outros aplicativos. Senhas e outros dados sensíveis também não devem ser armazenados em no aparelho, como em aplicativos do tipo bloco de notas.

Além das situações de roubo de celular, outro golpe comum envolvendo o Pix é quando golpistas se utilizam de mensagens mentirosas, por e-mail, aplicativos de mensagens ou postagens em redes sociais, que oferecem falsas promoções e que afirmam que a vítima ganhará um Pix de determinado valor caso clique em um link (que é malicioso e pode instalar vírus ou aplicativos espiões no celular) ou preencha um formulário com suas informações (que permite que os criminosos tenham acesso a dados da vítima).

Também é preciso registrar um boletim de ocorrência nesses casos, além de guardar provas da interação com o golpista (a mensagem que recebeu, por exemplo), que podem ser úteis para uma investigação. Se a mensagem usar o nome de alguma empresa, também é recomendado entrar em contato com a companhia em questão por meio de seus canais de atendimento para realizar uma denúncia. Depois, é preciso fazer um backup das informações armazenadas no celular e realizar o reset, além de realizar verificações de segurança com aplicativos antivírus. É recomendado ainda trocar senhas de aplicativos sensíveis, como dos bancos, e-mails e de contas em redes sociais.

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