CASO JÚLIA: Padrasto revela que matou por desconfiar que enteada revelaria série de estupros

O padrasto que matou e escondeu o corpo da enteada Júlia dos Anjos, de 12 anos, detalhou que também já havia estuprado a vítima quatro vezes, durante audiência de custódia, na manhã dessa quarta-feira (13), em João Pessoa.

Uma das agressões ocorreu horas antes da jovem ser asfixiada até a morte pelo padrasto, identificado como Francisco Lopes, que alegou que temia que dessa última vez a garota relatasse a violência para sua mãe.

Os familiares de Júlia estavam sem notícias da adolescente desde do dia 7 de abril, quando a mãe da jovem acordou e não encontrou a filha no apartamento, localizado em Gramame nas proximidades da Praia do Sol, no qual ela, o atual companheiro e a jovem haviam se mudado há cerca de um mês.

Francisco que também estava presente no processo de busca pela adolescente desaparecida, após seis dias de omissão, confessou, nessa terça-feira (12), que havia matado a enteada e escondido seu corpo em uma cacimba, localizada em uma matagal próximo ao prédio em que estavam morando.

Além disso, o homem ainda confessou e detalhou durante a audiência de custódia que matou a jovem por desconfiar que ela revelaria que já havia sido abusada sexualmente quatro vezes por e que a última havia sido horas antes de matá-la.

A avó de Júlia já desconfiava que Francisco tinha um relacionamento abusivo com a adolescente, inclusive já havia flagrado ele espiando a enteada tomando banho, e o pai biológico da jovem também havia notado que ela vinha apresentando sinais de desânimo nos últimos dois meses.

Porém, mesmo com isso a mãe de Júlia, que está grávida de 3 meses de Francisco e casa com ele há cerca de três meses também, não conseguia acreditar que ele estaria abusando da filha e envolvido com seu desaparecimento até o momento que ele confessou os crimes.

Francisco está preso preventivamente na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida popularmente como “Presídio do Róger”, localizada no Bairro Róger da capital, sob ordem da Justiça.

O carro do suspeito passou por perícia e o corpo encontrado ainda está sem previsão de quando será liberado das análises periciais, por já apresentar um estado avançado de decomposição.

 

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