Ocupação de leitos de UTI sobe de 17% para 32% em um único dia na Paraíba

Em um único dia, o índice de ocupação de leitos de UTI subiu de 17% para 32% com pacientes apresentando Síndrome Respiratória Aguda Grave, sintoma que se enquadra nos casos suspeitos da coronavírus – um prenúncio de que a curva da doença está numa crescente (prevista) na Paraíba.

Se olharmos para o lado, os estados de Ceará e Pernambuco já vivem quase um colapso do sistema. O decreto do governador João Azevêdo (Cidadania) estabelece que as lojas, em cidades com casos confirmados da Covid-19, devem permanecer fechadas até o dia 3 de maio. O objetivo é fazer com que aqui, em solo paraibano, não tenhamos uma situação semelhante nos próximos dias.

Empresários de Campina Grande, no entanto, prometem realizar um protesto no Centro da cidade, às 10h de hoje, pedindo a reabertura do comércio. A mobilização, marcada para a Maciel Pinheiro, é legítima e é um reflexo do desespero que muitos vivem diante do fechamento de seus estabelecimentos. Mas, mesmo reconhecendo a legitimidade, o movimento não é razoável, tendo como base justamente o aumento da ocupação de leitos no Estado.

Ao analisar uma Ação Civil Pública proposta pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-CG) para reabrir o comércio, na última quinta-feira, a juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública do município lembrou que “não se verifica motivação técnica específica, a justificar a liberação do comércio”. Em outras palavras: não há como assegurar que a flexibilização do isolamento e a abertura das lojas não provocariam a ampliação da transmissão da doença.

Com Jornal da Paraíba

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