Chá de quebra-pedra funciona? Veja mitos e verdades sobre pedras nos rins

Todo mundo tem algum parente ou amigo que já passou pelo menos uma dica ou receita imbatível para pedra no rim. O urologista Leonardo Borges esclarece mitos e verdades sobre o assunto.

Tomar 2 litros de água por dia reduz o risco de pedras nos rins?

Sim. De forma geral, ingerir de 2 litros a 2,5 litros de água por dia ajuda, mas se a pessoa tem uma vida ativa, pratica esportes, por exemplo, 2 litros de água pode ser pouco. Para um indivíduo que transpira menos, essa mesma quantidade será suficiente. Sendo assim, é importante controlar a quantidade que se ingere, mas também o quanto de urina que se produz.

Comer tomate com semente pode dar pedra no rim?

O tomate já foi associado a uma série de coisas, talvez porque ele seja de fácil acesso na dieta, mas não existe relação com a formação de pedras nos rins.

Chá de quebra-pedra funciona?

Mito. Este chá teria uma função diurética que supostamente poderia ajudar na eliminação de cálculos renais, mas ele não previne e nem dilui os cálculos que já estão formados.

Beber água durante a crise pode ser ruim?

Sim. Se o indivíduo faz uma ingestão de líquido em excesso pensando em empurrar o cálculo com excesso de urina, a consequência disso será o aumento da dor porque o cálculo já pode estar impactado. “A pessoa produz muita urina, esse rim dilata e ela tem mais cólica. Então não faça isso, mantenha a hidratação conforme o necessário”, explica o urologista.

Uma vez que o cálculo já está formado e descendo, o paciente precisa conversar com o médico para saber que medicação ele pode tomar para aumentar a chance de expulsão e para aliviar a dor enquanto o cálculo está migrando.

Pedras nos rins podem gerar doenças cardiovasculares?

Mito.

Só existe um tipo de pedra nos rins?

Mais um mito. Existem diversos tipos de cálculos renais, que podem ser à base de cálcio, como o oxalato de cálcio ou fosfato de cálcio; à base de ácido úrico (cálculo diurato); também há os que estão relacionados ao uso de alguns medicamentos; e existem também os mais raros, como os cálculos de cistina.

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