PEGUE-ME SE FOR CAPAZ: Suplente de vereador de São Bento evita notificação para entregar cargo, vota contra verba da educação e sessão termina com tumulto

A cidade de São Bento viveu momentos dignos de filme nesta semana. Imagine que um vereador resolveu usar vários estratagemas para evitar devolver o cargo, que não tinha mais direito e ainda conseguiu recusar mais de R$1 milhão de reais para a educação.

Estranho, muito, mas para o vereador Márcio Gulino (MDB) parece ter sido um bom plano. Nesta quarta (30), Márcio se recusou a entregar o cargo que ocupava na prerrogativa de ser segundo suplente. Com o retono de Zé Carnaúba (primeiro suplente), a capacidade de negação de Márcio ganhou um grande destaque.

Para evitar a notificação que o avisava sobre o retorno de Zé, Márcio promoveu uma verdadeira caçada na cidade. A Câmara Municipal precisou tomar todas as medidas necessárias para notificar Márcio Gulino do fim da licença de Zé Carnaúba e do consequente fim do exercício da vaga da suplência por parte de Márcio Gulino.

Primeiramente, um mensageiro oficial da Câmara foi enviado à residência do segundo suplente, com uma notificação escrita, porém, Márcio Gulino se recusou a recebê-la. Diante dessa recusa, a Presidência do órgão decidiu enviar a notificação pelos Correios, com aviso de recebimento. Surpreendentemente, essa tentativa também foi rejeitada pelo suplente, pois Márcio Gulino recusou a entrega e o fato foi certificado no Aviso de Recebimento (AR) pela agência postal.

Durante a sessão desta quarta, o segundo suplente se recusou a deixar a sair, alegando não ter sido notificado de sua saída temporária. A sessão terminou com bate boca, presença da polícia e 14 (em vez dos 13) vereadores dentro da Câmara.

Mas a situação fica ainda mais absurda. O mandato de Márcio foi marcado por votar contrário ao recebimento de uma verba federal para a educação. A sessão aconteceu na quarta passada (23) e o valor seria cerca de R$1,2 milhão que deveria ser destinado com exclusividade a construção, reforma e equipamento de escolas municipais. Ao que dá a entender, a recusa seria para prejudicar a gestão do atual prefeito, Jarques Lúcio. O que Márcio parece ignorar, além de ignorar os carteiros e entregadores, é que não é apenas a gestão de Jarques que seria prejudicada, mas todos os alunos e alunas que se beneficiariam das melhorias nas escolas.

Confira o vídeo da confusão:

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