CONDE SOB BOICOTE: Luzimar fecha as portas da Câmara e cidade correu o risco de começar o ano sem orçamento

Vereadores coagidos a permanecerem presos em um condomínio de luxo em Bananeiras, Câmara Municipal fechada com correntes, uma cidade que poderia começar o ano sem dinheiro para o orçamento. Essa é a caótica situação da cidade de Conde, no litoral sul da Paraíba.

A reta final de 2024 está sendo marcada por um roteiro de perseguição dentro da política da cidade de Conde. O principal articulador dessa movimentação é o vereador eleito de Conde, Aleksandro Pessoa (PSB). Em entrevista concedida a imprensa o próprio revelou ter levado seis vereadores ao condomínio Águas da Serra, em Bananeiras, após rompimento com a prefeita Karla Pimentel.

Aleksandro, que foi eleito como parte da base da prefeita e ocupou cargos de confiança em sua administração, como chefe de gabinete, agora se opõe ao candidato oficial de Karla para a presidência da Câmara, Daniel Júnior. Ele se uniu ao atual presidente da Câmara, Luzimar Nunes, que foi derrotado por Karla na eleição municipal, e trouxe para Bananeiras a única vereadora da oposição, Munique Marinho, que, segundo ele, “está aberta ao diálogo”.

Além da disputa pela presidência da Câmara, o grupo de Pessoa é acusado de obstruir a votação de projetos essenciais para o município, como a Lei Orçamentária Anual (LOA). A falta de definição orçamentária pode comprometer serviços fundamentais, como o pagamento de servidores e a limpeza urbana.

O ápice da crise tomou outros contornos com o rompimento político entre a prefeita Karla Pimentel e o deputado estadual Eduardo Carneiro gerando a partir de então uma verdadeira guerra para a Câmara Municipal envolvendo denúncia de compra de votos.

O último capítulo da temporada se deu nesta terça (31) quando a Câmara Municipal se encontrou com correntes passadas. O presidente da Câmara, Luzimar, fechou o portão impossibilitando a votação da LOA.

Mesmo assim a prefeita, Karla Pimentel, convocou uma Sessão Extraordinária, para evitar a interrupção de serviços essenciais na cidade, já que o orçamento anual ainda não foi aprovado pela Câmara, descumprindo o prazo previsto para 20 de dezembro.

A prefeita utilizou suas atribuições legais, conforme o Art. 60, inciso XVI, da Lei Orgânica do Município, para convocar os vereadores. Apesar das ausências, sete dos onze vereadores compareceram à sessão, incluindo o vice-presidente Leo Carneiro, Daniel Júnior, Eduardo Cassol, Gonzaga, Josélio Jogador, Josemar e Moizinho. Os parlamentares presentes votaram a LOA para garantir que o município tenha um orçamento aprovado para 2025.

D.O – 30-12-24 – 2.507 – Suplementar

Karla Pimentel destacou que a aprovação do orçamento é fundamental para a continuidade dos serviços públicos. “Sem o orçamento, ficamos impossibilitados de executar ações essenciais para a população. É preciso que os vereadores cumpram sua responsabilidade com o povo de Conde”, afirmou a gestora.

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo