CONDENADO: Corretor que matou taxista em João Pessoa é condenado a 16 anos de prisão

O crime aconteceu no bairro do Bessa, em fevereiro de 2019. O julgamento aconteceu três anos após o assassinato do taxista.

Relembre o caso

Paulo Damião dos Santos estava manobrando o carro em que transportava o corretor de imóveis Gustavo Teixeira Correia, quando o, até passageiro, desceu do veículo, irritado com a forma como o taxista realizava a ação, e disparou vários tiros de arma de fogo contra o motorista.

Conforme apurou o Notícia Paraíba, o crime aconteceu no dia 15 de fevereiro de 2019, no estacionamento de um supermercado, localizado no bairro Bessa, já perto da casa do corretor, que, logo após efetuar os disparos, fugiu do local do crime andando.

A vítima, que tinha 42 anos de idade e era pai de duas crianças, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu ainda dentro do veículo.

Após ser acionada, a Polícia Civil apurou imagens de câmeras de segurança instaladas próximas ao local e, ao identificar Gustavo Teixeira como suspeito, efetuou a prisão preventiva do mesmo.

Desde então, a arma usada no homicídio não foi encontrada, porém, além da gravação que flagrou a ação criminosa, o corretor já havia publicado várias fotos segurando armas de fogo em suas redes sociais, e, com isso, também responde pelo crime de porte ilegal de arma.

DEPOIMENTO

Ele defendeu-se dizendo que atirou porque pensou que Paulo Damião fosse pegar uma arma quando colocou a mão direita sobre os bancos e subiu o vidro do táxi com a mão esquerda.

Gustavo Teixeira foi questionado pelo motivo de ter atirado, porque estava armado e o que disseram ele e o taxista durante a briga de trânsito.

“Ele estava irritado. Foi dito aqui que Paulo Damião é calmo. Eu também sou calmo. Eu fui até ele para dizer que morava ali perto e queria passar. Ele me chamou de safado. Eu disse que safado era ele: ‘Safado é você’. Ele botou a mão dentro dos bancos. Ele fez um ‘caquiado’. A mão direita. Com a mão esquerda ele subiu o vidro. A ameaça partiu de Paulo Damião. O primeiro a fazer um caquiado foi ele. Qual seria o motivo que eu teria de matar um homem que eu nunca tinha visto na minha vida? Eu só disparei depois que o vidro fechou. Minha intenção era neutralizar o braço dele”, disse Gustavo Teixeira em depoimento.

O advogado Getúlio Souza, assistente de acusação e advogado da família do taxista, informou ao ClickPB que todas as pessoas foram ouvidas pela manhã, durante o julgamento, e faltava apenas o depoimento de Gustavo Teixeira, o qual foi colhido na retomada da sessão na tarde desta quarta-feira.

Após o depoimento de Gustavo, foi iniciada a fase de debates entre acusação e defesa, até que a chegada do momento da reunião dos jurados e posterior declaração da sentença.

No período da manhã, a esposa do taxista Paulo Damião, a senhora Francisca Santos Alves, prestou depoimento no Fórum Criminal. De acordo com dona Francisca, Paulo era uma pessoa pacífica e que não conhecia o corretor até o momento do crime. Emocionada, ela narrou os detalhes do dia e diz que soube do fato apenas a noite quando chegou em casa. Segundo Francisca, apenas um “monstro” poderia ter feito isso ao marido. “O relato que a gente teve é o que estava na TV: é ele [Gustavo] tirando a vida do meu marido como quem estivesse matando uma barata”, disse ela, em depoimento no júri.

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