CONFESSOU: Garçom mentiu sobre ataques racistas em lanchonete de Campina Grande, diz polícia

A Polícia Civil da Paraíba, por meio da 6ª Delegacia Distrital de Campina Grande e com o apoio da Unidade de Inteligência Policial da 2ª SRPC, concluiu nessa quinta-feira (14), as investigações acerca de uma denúncia que trata de supostos crimes de injúria racial e racismo, cometidos contra um garçom de uma lanchonete no bairro do Catolé, em Campina. O Boletim de Ocorrência foi registrado em dezembro de 2020.

De acordo com a delegada Mairam Moura, o garçom enviava as mensagens para o celular da proprietária do estabelecimento, passando-se por uma pessoa que nunca existiu. “Nós descobrimos que esse rapaz criou essa história, utilizando-se inclusive de um aparelho celular cadastrado no nome de sua mãe. Não houve racismo nem injúria racial”, disse.

A denúncia foi feita via internet, para a Delegacia Online, e relatava mensagens enviadas ao celular da proprietária da lanchonete, nas quais uma suposta cliente estaria reclamando de ter sido atendida – ela e sua família – por um funcionário negro.

O caso tomou grande repercussão na mídia, e a Polícia Civil iniciou as investigações. Já no transcurso do trabalho investigativo, a 6ª Delegacia Distrital começou a suspeitar da veracidade das informações.

Várias pessoas foram ouvidas na delegacia e, somando-se a outros procedimentos de investigação, ficou comprovado que o garçom mentiu durante todo o tempo para a polícia.

Na manhã de hoje, o garçom foi até a delegacia tentar arquivar o Boletim de Ocorrência, mas foi informado que, além dessa impossibilidade, ele agora irá responder pelo crime de denunciação caluniosa.

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