Rio confirma 4º caso de varíola dos macacos no Brasil

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou o 4º caso de varíola dos macacos no Brasil. O infectado é um brasileiro que mora em Londres, no Reino Unido, e havia viajado à capital fluminense. A informação foi divulgada nesta 4ª feira (15.jun.2022).

O Ministério da Saúde já havia confirmado outros 3 caso da doença: 2 infectados em São Paulo e 1 no Rio Grande do Sul. Todos os pacientes estiveram recentemente no exterior. Não há relatos ainda de transmissão do vírus dentro do território brasileiro

O paciente carioca, de 38 anos, chegou ao Brasil no sábado (11.jun). Ele procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas no domingo (12.jun). O diagnóstico foi realizado pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho.

O mundo enfrenta desde maio o maior surto do vírus fora da África. Já são mais de 1.500 infectados em outros continentes. O Poder360 preparou uma reportagem explicando a varíola dos macacos.

O CASO CARIOCA

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que a pessoa infectada tem sintomas leves e está em isolamento domiciliar. A Superintendência de Vigilância em Saúde do Rio está observando o paciente. Ele teve contato com 5 pessoas que já foram orientadas e também estão sendo monitoradas.

A secretaria mantém vigilância para detecção de casos. Também está monitorando o cenário epidemiológico nacional e internacional mantendo as unidades de saúde informadas e orientadas para vigilância e alerta”, afirmou o órgão.

PREVENÇÃO

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, pediu à população que fique atenta aos sintomas da varíola dos macacos. Mas projetou que o Brasil não terá muitos casos da doença.

“A nossa expectativa é que não tenhamos muitos casos aqui no país. Mas depende muito dessa vigilância pessoal, de você evitar ter contatos com pessoas que possam ter sintomas”, disse Medeiros.

Assista à entrevista (19min37s):

O secretário disse que, apesar do aumento de casos em alguns países, o número de novas nações com confirmados não têm aumentado na mesma proporção. “Isso mostra que cada país está tentando segurar os seus casos, fazendo as medidas de bloqueio e de controle dos casos”, declarou.

Os sintomas da doença parecem de 5 a 21 dias depois da infecção e duram de duas a 4 semanas. Os sinais iniciais são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados e arrepios. De 1 a 3 dias depois do aparecimento da febre, surgem erupções cutâneas (manchas, lesões, ou bolhas com líquido na pele). O secretário de Vigilância pede atenção a esses sintomas.

“Precisamos ficar atentos a qualquer sintoma. Em caso de aparecimento [de algum sinal], procure sua unidade básica de saúde. Vá ao médico. Porque o médico vai lhe examinar. Ele vai saber fazer o diagnóstico e vai saber dar a condução clínica adequada para o seu caso”, disse Medeiros.

O secretário afirmou que pessoas com casos suspeitos ou confirmados devem ficar em isolamento (em hospitais ou nas suas casas) para não transmitirem a doença a outras pessoas.

“As roupas de cama e o material de uso pessoal [da pessoa infectada ou com suspeita da doença] devem ser esterilizados, lavados muitas vezes com água e sabão e passar água quente para fazer a descontaminação. Isso é extremamente importante”, disse.

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