CONTAS DE 2019: Tem tinta política na caneta do TCE?

O que inspirou as canetas dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado para reprovar as contas de 2019 do governador João Azevêdo às vésperas das eleições? Essa é uma pergunta que está nas ruas, demandado resposta esclarecedora da corte de contas. Sob pena de que um desconfortável e ilegítimo componente político seja agregado a uma decisão que só pode ser lida e entendida como esdrúxula. E é estranho mesmo – para dizer o mínimo – que o TCE reprove as contas de João Azevedo, alegando gastos excessivos com codificados das áreas da saúde e educação.

Pois foi justamente a gestão de João que acabou, ano passado, com a presença desconfortável dos codificados na administração pública da Paraíba – um fenômeno que esteve presente na máquina estatal desde sempre.
O episódio faz lembrar do golpe aplicado contra a ex-presidente Dilma, condenada por fazer malabarismos fiscais realizados por todos seus antecessores. Com o adendo – repito – de que João Azevedo foi o gestor que, depois de arrumar a casa e fazer esforço hercúleo, acabou com a assombrosa participação dos codificados na folha funcional, lhes dando nome, sobrenome e funções formais.

A Assembleia Legislativa certamente fará justiça a João. Já o TCE terá que responder que senso de justiça está azeitado suas canetas suspeitas.

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