Deputado Chió lamenta postura do MEC e propõe“revolução” em favor da educação no País

O deputado estadual Chió (Rede) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), na sessão ordinária desta quarta-feira (27), para propor um amplo debate por parte da classe política em torno do avanço da educação no país, com a participação das bancadas estadual, federal, bem como a sociedade civil organizada. Na oportunidade, o parlamentar lamentou as recentes determinações do Ministério da Educação às escolas.

 

Durante discurso, Chió ressaltou que comunidades internacionais como a Coreia do Sul, Singapura, Japão e os países do norte da Europa, considerados de terceiro mundo há cerca de três décadas, conseguiram alcançar o patamar do potências mundiais através da valorização da educação.

 

“Todos esses países hoje são ditos de primeiro mundo porque passaram por uma verdadeira revolução, que é a valorização da educação. Nós, enquanto agentes políticos, ouvimos muito das pessoas que o Brasil não tem jeito ou conserto. Mas, não conseguimos evoluir ainda, porque não priorizamos a educação como a principal ferramenta para mudarmos esse país”, frisou o deputado.

 

De acordo com Chió, o Governo Federal tem priorizado outras pautas, deixando a educação em segundo plano.  “Nesse país tudo é prioridade, e quando isso acontece, na verdade nada é prioridade. É preciso que a gente tenha bom senso. Devido a isso, conclamo aos colegas e toda classe política, sobretudo, àqueles que têm interferência no cenário nacional, para que coloque a educação na agenda do cenário federal”, pontuou.

 

Segundo o deputado, não adianta as bancadas legislativas levantar os problemas da saúde precária, da falta de segurança pública ou da economia, senão priorizar a educação da população como fator preponderante para também o avanço das demais políticas públicas. “Só tendo a educação como prioridade de nação é que a gente conseguirá suprir todas as dificuldades que hoje vivenciamos”, disse.


FALHA DO MEC

Por fim, Chió lamentou a “chacota internacional” proporcionada pelo Ministério da Educação (MEC), que enviou um e-mail para as escolas do País pedindo a leitura de uma carta do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, e orientando que, depois de lido o texto, os responsáveis pelas escolas executassem o hino nacional e filmassem as crianças durante o ato, sem a autorização dos pais. O pedido foi alvo de críticas de educadores e juristas e acabou modificado.

 

“Nada contra a valorização dos nossos símbolos, da nossa bandeira e do nosso hino nacional, que a gente se orgulha tanto, mas foi muito infeliz o que o ministro fez. As nossas escolas precisam que o ministro envie um e-mail afirmando que estarão chegando mais recursos para se construir uma quadra poliesportiva ou que vai investir na formação pedagógica e fazer uma educação de qualidade. A gente precisa resgatar esse debate da educação, pois, não adianta qualquer outro debate se a educação não for prioritária”, concluiu.

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