Detido, acusado de matar taxista tem direito a banho de sol e visita íntima

Diferentemente do taxista Paulo Damião da Silva, de 42 anos, que foi executado com pelo menos seis tiros, o corretor de imóveis Gustavo Teixeira, que executou motorista por se irritar pela demora na execução da manobra está numa cela, detido no 5º Batalhão da Polícia Militar, com outro preso, com direitos assegurados a dois banhos de sol por dia e duas visitas por semana, inclusive íntimas.

O suspeito conquistou o direito a essas regalias após a defesa apresentar uma certidão de conclusão de curso superior. Para o advogado dos taxistas, o documento, no entanto, não tem validade para que ele tenha direito a prisão especial.

“Ele não tem esse direito de ter prisão especial, porque ele não apresentou um diploma e sim apenas uma certidão. Foi entregue pela defesa uma declaração que ele havia concluído um curso superior, sendo que é na verdade uma declaração e não diploma. A defesa alega que ele terminou o curso de gestão hospitalar e obtivemos informações de que o diploma está sendo confeccionado.O que ele tem hoje é uma declaração e não diploma até porque ainda existe os trâmites, que é homologação do MEC e etc. De fato ele não tem esse direito hoje”, disse o advogado.

Nesta manhã, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de João Pessoa emitiu nota lamentando a morte e se solidarizando com a família do taxista. O conselho disse que está analisando quais são as medidas administrativas que devem ser tomadas para punição para do suspeito, que se apresentou como corretor de imóveis.

Mais cedo, durante a coletiva, o delegado Hugo Hélder, titular da Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios), sequer houve discussão entre taxista e corretor, já que o vidro do carro não foi baixado. O que pode ter havido, segundo ele, foi apenas um gesto por parte do taxista, o que não justificaria em nada a reação violenta do responsável pelos disparos.

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