No entanto, as notícias só passaram a circular quando o dia virou “noite” em São Paulo, na segunda-feira, 19. Logo descobriu-se que o motivo do susto no sudeste brasileiro acontecia no coração da Amazônia. As imagens dos incêndios passaram a ser compartilhados pela população e por diversas celebridades no mundo, em protesto contra as queimadas e desmatamentos. A hashtag #PrayforAmazonas também chegou a ser a mais usada no mundo no início da tarde.
Enquanto alguns famosos apontam o dedo ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro, ele, por outro lado, acusa (sem provas) as ONGs pelas queimadas; outros falam sobre a falta de cobertura midiática e refletem sobre o papel ativo que cada um pode ter. A modelo e ativista ambiental Gisele Bündchen foi apenas uma das celebridades brasileiras que já se manifestaram, pedindo aos seus seguidores que assinassem a petição da Greenpeace.
“As queimadas crescentes estão a destruir há dias o que a natureza leva anos, séculos para construir. Eu já estive lá e pude ver de perto como tudo acontece, especialmente como os oportunistas se aproveitam da época das secas para botar a floresta abaixo. O desmatamento na Amazônia tem que parar!! Pela nossa saúde e pela saúde do nosso Planeta!”, escreveu a modelo no Instagram.
Os pedidos de ajuda não foram feitos apenas por celebridades brasileiras, e, nos Estados Unidos, por exemplo, muitas celebridades já reagiram às notícias. Entre elas o ativista e ator Leonardo DiCaprio, que partilhou um dos textos mais divulgados pelos utilizadores sobre o assunto, por estes dias.
“Assustado por pensar que a Amazônia é a maior floresta tropical no planeta, responsável por 20% do oxigênio da Terra (basicamente o pulmão do mundo), e tem estado a arder nos últimos 16 dias com quase nenhuma cobertura mediática. Porquê?”
Atacando o governo, alguns diretamente ao presidente Bolsonaro, os famosos pedem providências e apelam para o fim das queimadas. Demi Lovato, Ariana Grande, Cara Delevingne, Jaden Smith e Lauren Jauregui foram algumas das celebridades que aderiram a campanha nas redes sociais.
Desmatamento e incêndios na Amazônia
Segundo dados do Instituto de Pesquisas Espacias (Inpe), o número de incêndios florestais aumentou 82% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2018. De acordo com o instituto, a Amazônia, concentra mais da metade das queimadas com 52,5% dos registros, seguida do Cerrado, que marca 30,1%, e da Mata Atlântica, com 10,9%.
Com informações de O Canal