DUPLA CRISE: Vereadores de Junco do Seridó continuam se reunindo durante isolamento social e decidem afastar prefeito do cargo por 72 dias

O prefeito de Junco do Seridó está passando por um momento crítico da sua gestão. Além de passar pelo momento crítico da pandemia pelo coronavírus e ter recentemente o primeiro óbito confirmado, a Câmara Municipal decidiu afastar o prefeito Kléber Fernandes por 72 dias.

O vereadores de Junco do Seridó decidiram não optar pelas sessões por vídeo e continuam se reunindo presencialmente para deliberar. Na sessão dessa quinta eles decidiram afastar do cargo por 72 dias o prefeito do município, Kléber Fernandes. O gestor é alvo de uma CPI na ‘Casa’ que apura um suposto “crime de responsabilidade e infração político-administrativa”. O vice-prefeito, que faz oposição a Kléber, deverá ser empossado no cargo.

O prefeito foi denunciado por ter, supostamente, oferecido R$ 46 mil em propina a um vereador da cidade. O objetivo, segundo a denúncia, era fazê-lo votar a favor da aprovação das contas do ex-prefeito Cosmo Simões (tio do denunciado) – que tinham sido rejeitadas pelo Tribunal de Contas (TCE-PB). O prefeito nega a acusação e se diz vítima de armação por parte do vereador oposicionista.

Querelas políticas à parte, o fato é que o momento não é dos mais oportunos para um afastamento desse tipo. Além da crise sanitária, o município terá que conviver agora com a instabilidade política e administrativa. A cidade, que deveria estar dedicada às medidas de isolamento social e de combate à doença, convive com um Legislativo que poderia se reunir (como tem sido em praticamente todas as cidades paraibanas) através de videoconferência.

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