França detecta quatro casos de variante brasileira do coronavírus

França detectou quatro casos de infecção com a nova variante brasileira de coronavírus, que se junta às cepas inglesa e sul-africana,  informou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, nesta quinta-feira, 4. Em coletiva de imprensa realizada juntamente ao primeiro-ministro, Jean Castex, Véran confirmou a presença de quatro casos da nova variante em território francês. Um desses casos é o de uma mulher que voltou de Manaus e que passou por São Paulo, Frankfurt, Paris e Marselha.

“Queremos limitar ao máximo a propagação dessas variantes, ganhar tempo e para poder vacinar e proteger os mais frágeis. As variantes, por serem mais contagiosas, irão substituindo a Covid-19 na forma como conhecemos”, disse o ministro. Castex e Verán observaram que as variantes foram responsáveis por cerca de 14% de todos os resultados positivos da doença no país, de acordo com uma pesquisa realizada em 27 de janeiro, contra 3,3% em 7 e 8 do mesmo mês.

As variantes do coronavírus detectadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil preocupam há várias semanas a comunidade internacional, que teme que sejam mais contagiosas. Também há preocupações envolvendo a eficácia das vacinas contra elas. No final de janeiro, Estados Unidos e Alemanha também detectaram a presença da variante brasileira em seus territórios. Segundo o Departamento de Saúde norte-americano, o primeiro caso envolvia uma residente de Minnesota com histórico recente de viagem ao Brasil e exames laboratoriais confirmaram que ela havia sido infectada com a nova cepa.
Já na Alemanha, a variante foi encontrada no estado de Hesse, no centro do país, e autoridades sanitárias locais afirmaram que a variante é particularmente infecciosa. O ministro regional de Assuntos Sociais, Kai Klose, disse que a pessoa infectada havia voltado recentemente de uma viagem ao Brasil.
Chamada de B.1.1.7 do SARS-CoV-2, a cepa foi descoberta inicialmente na Inglaterra, seguida de outros países na Europa. Segundo análises iniciais, a nova cepa, que apresenta um grande número de mutações, pode ser até 74% mais transmissível. Isso porque parte das mutações se deu na proteína spike, responsável por conectar o vírus à célula humana. Até o momento, ela não tem sido tratada pelos cientistas como mais letal que as outras cepas.
A França, assim como vários países europeus como Alemanha, Espanha, Portugal e Áustria, limitou os voos internacionais vindo do Brasil justamente para evitar a disseminação da nova cepa. Desde o início da pandemia, o coronavírus já deixou 77.595 mortos no país.
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