ALTA NOS PREÇOS: Leite e remédio ficam mais caros

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado uma prévia da inflação, desacelerou pelo terceiro mês seguido, para 0,51% em maio, segundo o IBGE. Em abril, o índice ficou em 0,57%. Em março, foi de 0,69%.

O que aconteceu:

O IPCA-15 do mês foi influenciado pelo preço do leite longa vida e reajuste dos medicamentos. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,12%. Em 12 meses, o índice está em 4,07%, abaixo dos 4,16% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Em maio de 2022, o IPCA-15 foi de 0,59%.

Saúde lidera alta

O grupo que registrou a maior alta no IPCA-15 foi o de “Saúde e cuidados pessoais”, com variação positiva de 1,49%. A alta foi puxada pelo aumento nos preços dos produtos farmacêuticos (2,68%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, em 31 de março.

Preço dos alimentos avança 0,94% no mês

Segundo o IBGE, a alta no grupo Alimentação e Bebidas foi puxada pela alimentação no domicílio (1,02%).

Veja quais itens ficaram mais caros:

  • Leite longa vida: 6,03% (responde sozinho por 0,05 ponto percentual na taxa de inflação do mês)
  • Tomate: 18,82%
  • Batata-inglesa: 6,60%
  • Queijo: 2,42%

No lado das quedas, estão:

  • Óleo de soja: -4,13%
  • Frutas: -1,52%

Também ficou mais caro comer fora de casa. O IPCA-15 registrou uma alta de 0,73% na alimentação fora do domicílio, que pode ser explicado pelas variações do lanche (1,08%).

Veja a variação mensal por grupo:

  • Saúde e cuidados pessoais: 1,49%
  • Alimentação e bebidas: 0,94%
  • Habitação: 0,43%
  • Despesas pessoais: 0,40%
  • Vestuário: 0,35%
  • Educação: 0,07%
  • Comunicação: 0,02%
  • Transportes: -0,04%
  • Artigos de residência: -0,28%

Como é calculado o IPCA-15?

O IPCA-15 considera 465 produtos e serviços e mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.

O indicador abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do país. A diferença está apenas no período de coleta dos preços e nas cidades pesquisadas.

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