Jogar dinheiro na rua é crime? Entenda polêmica após influencer fazer ‘chover dinheiro’ em praia

Um vídeo da influenciadora Bel Ponciano jogando dinheiro de um helicóptero na praia de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, viralizou. No domingo, 21, ela ‘fez chover’ R$ 10 mil em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 e agitou o local. Mas, afinal, jogar dinheiro na rua é crime? Pode?

Advogado especialista em direito civil, Andrews Veras Ferruccio, do escritório Posocco & Advogados Associados, explicou que não é crime jogar dinheiro na rua.

“Desde que o dinheiro seja seu, jogar na rua não é crime. Uma vez que sendo um recurso próprio, a pessoa poderá dispor ou usufruir como quiser, até mesmo jogar na rua”, disse.

O advogado citou, por exemplo, o caso do Silvio Santos que jogava o seu próprio dinheiro para a plateia de seu programa de televisão.

Porém, como frisa, é preciso se atentar ao Código Penal: “Rasgar, danificar, inutilizar ou destruir dinheiro, ainda que seja sua propriedade configura o crime de dano qualificado”. Isso porque as cédulas ou moedas de real são patrimônio público.

Art. 163 – Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:

Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.

Dano qualificado

Parágrafo único – Se o crime é cometido:

[…] III – contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos;      

Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

O caso da ‘chuva de dinheiro’ em Balneário Camboriú

No último domingo, 21, a influencer Bel Ponciano, que possui mais de 100 mil seguidores no Instagram, sobrevoou de helicóptero a praia de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e “fez chover dinheiro”, jogando cédulas do céu.

“Falaram que era impossível, eu fui lá e fiz”, disse no início do vídeo que registrou o momento, compartilhado em suas redes sociais.

Essa não é a primeira vez que Bel faz algo do tipo –nem a segunda. Em janeiro deste ano, ela fez a mesma coisa, mas jogando as notas de uma janela de prédio que dava para a rua.

Em fevereiro, mais um caso, dessa vez na Avenida Atlântica de Balneário Camboriú. Ela passeava de carro enquanto jogava as cédulas pela janela. Veja:

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