Lançamento do álbum “Vagalume” marca a estreia da discografia de Uaná Barreto
O pianista lança o seu primeiro single no próximo dia 26 de julho
“Vagalume’, álbum de estreia de Uaná Barreto, começa a ser lançado no dia 26 de julho, com single de mesmo nome. A obra reflete a trajetória musical do pianista desde a sua infância e apresenta composições que abrangem uma década de criação musical. Gravado no Estúdio Arsis, em São Paulo, o disco tem 10 faixas, sendo duas suítes e uma sonata para piano solo, e será lançado na íntegra no dia 04 de outubro deste ano. Para o lançamento, o artista selecionou três singles que serão divulgados individualmente: “Vagalume”, “Universo Esperança” e “Suíte pra Lia”.
O álbum, que será lançado pelo selo Azul Music, é completamente autoral e o seu nome deriva do tupi, já que no idioma, Uaná significa “vagalume”. O título simboliza a luz pessoal que cada composição traz. O trabalho é uma espécie de autobiografia sonora. “Notas, acordes e texturas substituem palavras para narrar a história”, afirmou o artista.
“Minguante”, composta em um período de imersão no estudo da música de concerto e na audição da densa discografia do guitarrista e compositor americano Pat Metheny, a quem a peça é dedicada.
“Universo Esperança”, inspirada pelo acorde “mais lindo do mundo”, segundo Itiberê Zwarg, e dedicada a Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti e Zwarg, conta com a participação especial da cantora Stephanie Borgani.
“Suíte pra Lia” é dividida em quatro movimentos. Esta suíte celebra a paternidade e as emoções inéditas que trouxe ao compositor. A “Cantiga da Espera No. 2” destaca o tema popular “essa ciranda quem me deu foi Lia…”.
“Reza a Lenda” é uma suíte em seis partes que homenageia personagens do folclore brasileiro, explorando atonalismo e modalismo. Cada movimento traz uma narrativa única, desde “Curupira” até “Saci Pererê”.
“Erê” reflete a influência africana com uma homenagem ao cantor, compositor e ativista cultural Adeildo Vieira.
“Três Girassóis” é inspirada pela resiliência dos girassóis e dedicada à sua família. A peça emergiu de uma improvisação espontânea.
“Valsa-Choro” é uma mescla de modernidade e tradição, dedicada à professora Cris Bloes.
O disco se encerra com a faixa homônima ao seu título, o primeiro single a ser lançado, composta em 2019 para piano solo. Durante o período de pandemia, o compositor escreveu “Vagalume”, a título de exercício. A versão ficou engavetada até outubro de 2023, quando o pianista foi convidado a realizar um concerto junto ao renomado grupo brasileiro Quinteto da Paraíba. Para esta ocasião, o arranjo foi adaptado para piano e quinteto de cordas, o que viria a ser, na visão do autor, a versão definitiva da obra.
Sobre o disco, Uaná conta que apesar do estigma da música instrumental, o seu trabalho é também para o grande público. “Esse é um álbum de música instrumental acessível. É preciso quebrar essa barreira de que o instrumental é música feita apenas para músicos ouvirem”, garantiu o artista. A diversidade temática que compõe “Vagalume” chancela o discurso do pianista. O disco abrange do folclore brasileiro aos grandes nomes da música clássica, passando também, justamente, pela música paraibana, da qual o músico é peça ativa.
Sobre o artista – A trajetória de Uaná é marcada por importantes momentos, como a graduação em música na Universidade Federal da Paraíba e a rica experiência artística durante uma turnê no Senegal em 2013.
Em colaboração com o Instituto Piano Brasileiro, Uaná publicou arranjos inéditos e compôs uma Sonata para piano solo, inspirada na obra de Kapustin e Bartók. O movimento final da sonata, “Prestissimo, cintilante”, combina virtuosismo com ritmos afro-brasileiros.