Mais mulheres prestam depoimentos contra anestesista que estuprou gestante e um marido revela: ‘Ele me impediu de acompanhar o parto’
As três mulheres estiveram na delegacia com bebês no colo. Uma delas, uma técnica de radiologia de 30 anos, contou que deu à luz no dia 5 de junho, no Hospital da Mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense, e que a cesárea foi assistida pelo anestesista.
“O que me chamou a atenção foi a anestesia geral”, contou ela. “Eu já tive outros dois filhos de cesárea e nunca havia tomado anestesia geral. Eu fiquei totalmente dopada. O Giovanni era o anestesista. Não sei se aconteceu alguma coisa comigo, eu estava sedada, mas quando eu vi as imagens dele, me desesperei. Quando começo a recordar, só lembro da voz dele, o tempo todo falando baixinho no meu ouvido.”
A mulher estava acompanhada pelo marido, que contou ter sido expulso da sala de parto por Giovanni, embora a presença de um acompanhante no parto seja prevista em lei desde 2005.
“Eu só pude acompanhar o parto até certo ponto”, contou. “Depois ele me mandou sair. Eu nunca tinha saído dos partos que participei antes. Ele só sedou a minha esposa depois que eu sai. É revoltante saber que isso pode ter acontecido com a esposa da gente. Estou mais tranquilo porque ele está preso.”
Outras duas mulheres com bebês no colo estiveram na manhã desta terça-feira na delegacia para prestar depoimento. Médicos que trabalham com Giovanni também eram esperados para depor.
Ontem, uma outra mulher que também teria sido vítima do anestesista no último dia 6 foi à delegacia acompanhada da mãe e do marido para prestar depoimento. A mulher contou que, muito dopada no momento do parto, “achava ter tido uma alucinação”. O marido dela disse que foi impedido de acompanhar o parto pelo próprio anestesista e que o reconheceu pelas imagens da televisão depois da prisão.