MASSACRE NA ESPANHA: Defesa de Patrick pediu que ele pagasse apenas por uma morte

A justiça da Espanha manteve a condenação à prisão perpétua revisada de Patrick Nogueira pela morte dos tios e primos. O crime aconteceu em 2016 na cidade de Pioz, na Espanha. A manutenção da condenação aconteceu depois que a defesa de Patrick entrou com recurso. Ele foi condenado à prisão perpétua e essa sentença pode ser revisada a cada 25 anos. O motivo foram as mortes de uma família paraibana que morava na nação hispânica.

A defesa de Patrick pediu a condenação como um todo, que se resumisse apenas a uma pena e não a soma de cada crime, porém, a Suprema Corte Espanhola negou o recurso entendendo que não faria sentido a morte de três pessoas ou mais fosse punida com a mesma penalidade da morte de uma pessoa só.

Patrick Nogueira é o quinto criminoso a pegar a pena de prisão perpétua revisada na história da Espanha. Isso porque há 3 anos o parlamento espanhol aprovou mudanças no código penal, prevendo punições mais duras aos criminosos.

Com a nova legislação, o tempo mínimo que Patrick Nogueira vai passar na prisão é de 22 anos. Só depois disso os advogados vão poder pedir que ele cumpra o resto a sentença em regime semiaberto. No entanto, se a justiça avaliar que não há motivos para realizar essa pena, o brasileiro que matou a prima, Maria Carolina, o primo Davi, a tia Janaína e o tio Marcos, vai passar o resto da vida numa prisão espanhola.

De acordo com os depoimentos, quando morava no apartamento com os tios, Patrick andava sem roupas, maltratava as crianças e não ajudava em nada. Os tios se cansaram, começaram a ter medo do comportamento estranho de Patrick, mudaram de cidade e não avisaram. Até que no dia 17 de agosto de 2016 ele descobriu o novo endereço, apareceu com pizzas e matou a tia pelas costas. Depois ele matou as crianças, segundo ele para que não ficarem órfãs, e esperou mais 3 horas para matar o tio.

Ao ler a sentença, a juíza espanhola destacou a crueldade de Patrick em fazer as crianças assistirem ao assassinato da mãe. A jurista destacou também que Patrick premeditou os crimes. A defesa alegou que ele sofre de problemas mentais, mas não convenceu.

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