Moagem de cana na Paraíba bate recorde de 1980 na safra de 2022/2023
De acordo com Marcelo Martins, economista do Sindalcool-PB, a safra também teve um aumento significativo na produtividade em kg/ha, tendo mantido quase a mesma área plantada da safra passada.
“Colhemos resultados muito melhores de produção, mostrando a capacidade do setor de usar tecnologias como a irrigação por gotejamento e controle biológico de forma muito assertiva e inovadora”, ressalta.
A comparação com a safra anterior é notável, com um crescimento de quase 30% na moagem de cana, uma diferença de mais de 1,5 milhão de toneladas, e um aumento de cerca de 40% e 25% na produção de açúcar e etanol, respectivamente.
A safra também foi marcada por uma instabilidade tributária e preços baixos, o que impactou o setor sucroenergético. No entanto, a expectativa para a próxima é que seja positiva, tanto em termos de produção quanto de preços mais favoráveis ao setor.
“A expectativa é que a próxima safra (23/24) também seja excelente e o mais esperado é que seja uma safra com melhores preços, porque apesar dessa ter sido um recorde em produção, o setor sofreu muito com preços baixos”, disse Marcelo. Segundo ele, a categoria tem vendido abaixo do custo e com uma instabilidade tributária impactou a concorrência com o combustível fóssil.
Usina comemora bom regime de chuvas
O diretor operacional da usina Tabu, Luiz Sales, destaca que o principal motivo para o recorde foi o bom regime de chuvas na formação da lavoura.
Ele ressalta que a Tabu, situada na zona rural de Caaporã-PB, assim como as demais usinas da região, colheram bons resultados na produção de cana, açúcar e etanol.
“Essa foi a 44ª safra da Tabu, com mais de 828 mil toneladas de cana e 63 milhões de litros de etanol produzidos. Uma safra recorde com cana própria, com cana de fornecedor e produção de etanol”, pontua.