O AMIGO DA ONÇA: Vereador Raphael Tchutchuca pede título de cidadão para advogado que quer despejar 80% de Rio Tinto

Todo mundo conhece o termo “amigo da onça”, que é sinônimo de amigo falso, que vive colocando os outros em situações perigosas ou embaraçosas. A maioria das pessoas conhece a história dos dois caçadores e da onça, mas em 2021, na cidade de Rio Tinto, a fábula se atualiza. E caso o leitor do Expresso PB queira saber qual a nova versão, conheça o verdadeiro “amigo da onça”, o vereador Raphael Tchutchuca.

Tudo começou no final dos anos 80, com o fim das atividades da Companhia de Tecidos Rio Tinto, que funcionava na cidade desde o começo do século. Mesmo fechando as portas da fábrica, a empresa continuou faturando. Isso por que o espólio continuou arrecadando a receita dos alugueis de 80% das casas de Rio Tinto. De acordo com informação do Wikipedia (2009), o faturamento apenas dos aluguéis chega na cifra de R$250 mil.

O moradores, que eram os funcionários, agora desempregados, da Companhia seguiram pagando os aluguéis, mas também tiveram que continuar investindo em manutenção dos imóveis, pois segundo populares a empresa nunca “repôs um caibro”. Nos últimos dez anos, prevendo que seguiriam sendo explorados pela empresa sem jamais ter qualquer contrapartida, resolveram se reunir em associação e pararam de pagar os aluguéis há dez anos.

Caso o leitor esteja se perguntando onde que o vereador e presidente da Câmara entra na história, calma que está perto.

A Companhia, lamentando o corte nos seus recursos, também organizou sua “contrapartida”. Há dois anos move processos contra os moradores, grande parte idosos. A turma de advogados tem um nome que se destaca: Virginius Lianza. O advogado conseguiu fama na cidade após usar de truculência e ameaças de despejo os moradores.

A presença hostil não passou desapercebida e é nesse momento que o vereador entra na história. Lembrando que os imóveis alugados são maioria na cidade, um ente político poderia ver nesse cenário uma oportunidade de ganhar simpatia do eleitorado, mas Raphael preferiu a “onça”.

O vereador começou a apoiar publicamente Virginius Lianza e chegou ao ponto de pedir um título de cidadão riotintense ao advogado. A honraria foi negada pelo defensor da Companhia de Tecidos de Rio Tinto. Ou seja, na atualização desse conto, a “onça de Rio Tinto” recebe ajuda e até honrarias.

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