Padre George diz que Hospital Padre Zé está um caos: ‘Estou mendigando remédio’

O novo diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, padre George Batista, nesta terça-feira (14/11), anunciou medidas para resgatar credibilidade da instituição Padre Zé e disse que está mendigando remédios.

George Batista disse que logo que assumiu a direção do hospital a primeira medida foi requerer acesso irrestrito às contas da unidade hospitalar e que já está mudando o estatuto do hospital para que seja transformado em uma “fundação” para que seja permanentemente fiscalizada pelo Ministério Público.

Outra medida já tomada pelo novo gestor implica na descentralização do poder de todos os que detém poder de gestão no hospital.

Padre George confirmou que a unidade hospitalar também contará com um ‘Porta de Transparência’, que já está em desenvolvimento, “para que o povo paraibano tenha acesso a tudo que entra e para onde vai“.

O processo de recuperação da credibilidade será muito lento“, reconhece o novo gestor que, aproveitou a oportunidade para dirigir um apelo à população para que não deixe de ajudar ao hospital porque hoje ele está mendigando remédios.

Nós fomos literalmente roubados“, frisou padre George.

Escândalo do Padre Zé

O Hospital Padre Zé foi palco de um esquema criminoso de desvio de verbas que deveriam ser utilizadas para manutenção da unidade hospitalar que tem caráter filantrópico.

O caso que ficou conhecido como “Escândalo do Padre Zé” teria acontecido durante a gestão do antigo diretor do hospital, padre Egídio de Carvalho Neto que, por sua vez, foi alvo da “Operação Indignus” deflagrada pela Polícia por conduta que indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.

O escândalo foi descoberto após denúncia do desaparecimento de celulares doados ao Hospital Padre Zé pela Receita Federal do Brasil. A apuração, além disso, apresentou indícios de suposto enriquecimento ilícito do Padre Egídio, que seria o proprietário de imóveis de luxo em João Pessoa, São Paulo e outros estados. O fato chamou a atenção das autoridades pelo alto valor dos imóveis. O religioso foi afastado do comando do hospital, da ASA e da paróquia onde atuava por decisão da Arquidiocese da Paraíba. A decisão foi do arcebispo, Dom Delson, que tem colaborado com as investigações.

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