PASSO A PASSO DA APROVAÇÃO: Especialistas quais são os concursos mais fáceis de passar
Qual é o concurso mais fácil de passar? Para responder uma das perguntas mais comuns de quem sonha com a estabilidade profissional do serviço público, o EXTRA foi atrás de professores de cursos preparatórios para saber se existe concurso mais fácil de passar. E, segundo especialistas, existe, sim!
Algumas seleções públicas têm menor concorrência, o que facilita a conquista da vaga. É o caso dos concursos para cargos temporários, dos processos seletivos para órgãos menos conhecidos e dos que exigem requisitos específicos, como idade e preparo físico, o que afasta candidatos.
— Alguns concursos só cobram ensino fundamental ou médio. Esses são mais “fáceis” — diz Fábio Ribeiro, professor do Colégio e Curso Zerohum e do canal @alicercesdahistoria, no YouTube.
Nível de dificuldade
O professor acrescenta que o nível de dificuldade cresce em função das exigências de conteúdo:
— Quanto maior o conhecimento específico exigido, mais difícil. É o que acontece com os concursos da área jurídica, do Bacen, da Receita Federal e da carreira de diplomata.
Para Eduardo Cambuy, professor do Gran Concursos, outro critério de avaliação é o nível do certame, federal, estadual ou municipal:
— Quanto menor o concurso, menor a concorrência e a complexidade do processo.
Horas de estudo
Segundo Arthur Lima, sócio-fundador do Direção Concursos e professor de Raciocínio Lógico Matemático, para que o candidato consiga ampliar as chances de passar, o número de horas estudado por dia não é o principal:
— Não se espera que um candidato passe na Receita Federal estudando meia hora por dia. Mas o que vai determinar a aprovação é como o estudo é feito, a partir de qual material e com que técnicas. A organização, aliada à disciplina, é que vai fazer a diferença.
Para se dar bem numa prova, o candidato deve ainda conhecer a banca organizadora, ter consciência de suas dificuldades e montar um cronograma de estudos compatível com a sua rotina. Nem sempre muitas horas correspondem a boas horas de estudo.
A relação entre o grau de complexidade das provas e a banca organizadora do concurso costuma chamar a atenção dos especialistas. Eles alertam: conhecer a forma de trabalho dos responsáveis pela seleção pode ser determinante para a aprovação.
— Muitas vezes a banca é uma grande influenciadora do nível de dificuldade. Cada uma tem como princípio uma exigência específica mais criteriosa. A FGV, por exemplo, tem uma cobrança mais densa de Português, mais interpretativa, que acaba deixando essa nota de corte mais baixa no comparativo com outras instituições — explica Eduardo Cambuy, professor do Gran Concursos.
As bancas mais interpretativas, acrescentam os professores, trazem uma complexidade maior à prova, mas há outras menos exigentes, como Fundação Carlos Chagas (FCC), Instituto AOCP, Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), Consulplan e, muitas vezes, Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
— O Cebraspe e a FGV, por exemplo, costumam dar medo em alguns candidatos. Isso no final importa pouco, pois todos estarão sendo avaliados da mesma forma, e o mais importante é sempre estar preparado — finaliza Fabio Ribeiro, do Zerohum.
Dicas para montar sua estratégia
Escolha o tipo de seleção Estudar para concurso requer tempo, esforço e dedicação. A definição do tipo de processo seletivo ajuda muito na hora de traçar um plano de estudos. Evite participar de várias seleções ao mesmo tempo. Defina prioridades. Leia todo o edital para seguir deste ponto de partida.
Crie o plano de estudos Assim que escolher o concurso, é hora de criar um plano de estudos para otimizar seu tempo. Uma tabela definindo os períodos de dedicação diária e semanal para cada disciplina ajuda muito na organização, além do cronograma de preparação, criado com base no edital.
Cuide do ambiente A organização do espaço de estudos é muito importante. Cuide do ambiente, deixando-o sempre limpo e organizado. Escolha um local adequado. Mantenha a área que escolheu sem muitas distrações. Se estudar em casa, dê preferência ao ambiente mais silencioso e tente fazer deste local o mais confortável possível.
Invista no material O material que será utilizado nos estudos é a parte mais importante da preparação. Não adianta se planejar, se não tiver um material de qualidade. Invista na diversidade de técnicas (livro, apostila, PDF e videoaula, entre outros).
Crie metas As metas de estudo se baseiam em conquistas a serem alcançadas num prazo de tempo. Essa técnica ajuda a avaliar seu desempenho e manter sua motivação à medida que as metas são cumpridas. Defina um número de questões para resolver por semana e vá aumentando. Com isso, é possível aprender a resolver as questões com mais velocidade, melhorando a produtividade e diminuindo o tempo de resposta.
Faça revisões A revisão é o momento de memorização do conteúdo programático, quando a teoria e a prática são absorvidas. Rever anotações dos pontos mais importantes ou daqueles que mais geraram dúvidas e construir um resumo ou fichas são boas estratégias.
Aposte em simulados A prática do simulado é um bom recurso para quem quer estudar com eficiência. Assim como a revisão, o simulado é um bom momento para testar seus conhecimentos e a memorização do conteúdo.
Mantenha-se motivado Sempre tenha em mente o motivo pelo qual você está estudando. Busque palestrantes, leia artigos motivacionais, veja entrevistas com aprovados e não desanime. Mesmo acertando 100% dos simulados, não relaxe nos estudos. O processo só termina quando acabam todas as etapas. Procure revisar o conteúdo e manter tudo fresco na memória.
Preparo geral Mesmo nos concursos considerados mais fáceis, a dedicação é fundamental. Siga o cronograma. Estude com foco, pratique com provas anteriores, mantenha-se atualizado, acompanhe as notícias sobre o exame, cuide da saúde física e mental. Assim, as chances de conquistar uma vaga no serviço público aumentam significativamente para qualquer candidato.