PM do DF aplica ao menos R$ 300 mil em multas a caminhoneiros bolsonaristas
Com isso, a PM aplicou um total entre R$ 300 mil e R$ 500 mil em multas apenas na quinta-feira, terceiro dia de protestos em favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o STF (Supremo Tribunal Federal)
A reportagem observou a lista de placas de veículos autuados que um major enviou aos seus superiores por meio de um aplicativo de mensagens.
Um caminhão do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) foi danificado pelos bolsonaristas. Mas o coronel disse que o infrator não foi identificado.
O veículo seria usado pela PM para retirar os caminhões dos bolsonaristas. Mas duas mangueiras foram cortadas e impossibilitou seu uso pelos policiais.
Os bloqueios foram encerrados ontem à tarde, segundo o Ministério da Infraestrutura, mas ainda há concentrações em rodovias de alguns estados. Os manifestantes dizem só vão se desmobilizar após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para tratarem da atuação do STF. Até a noite de ontem, ele não havia se manifestado sobre esse pedido.
Os bloqueios de caminhoneiros começaram durante atos com pautas de caráter golpista em 7 de Setembro e seguiram ao longo de quarta (8) e de ontem.
Eles tiveram uma reunião no Palácio do Planalto com a presença de Bolsonaro, do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e de deputados federais bolsonaristas do PSL.
Após o encontro, os deputados anunciaram que vão entrar com pedido de habeas corpus em prol do caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão.
Zé Trovão teve a prisão solicitada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na última sexta-feira (3).
É acusado de promover a incitação de atos violentos contra o Congresso Nacional e o Supremo por meio das redes sociais.
A defesa de Zé Trovão informou que ele está no México. Mesmo foragido, ele continua gravando vídeos contra o Supremo.