Polícia Federal prende homem suspeito de mandar matar Dom e Bruno
A PF confirmou a prisão do peruano Rubens Villar Coelho, o Colômbia. Investigado por suposto tráfico e compra ilegal de pescado, ele seria o mandante dos assassinatos.
Ele foi detido ontem (7), em flagrante, pela delegacia de Tabatinga usando documentos falsos, pena que pode passar de quatro anos sem permissão para pagamento de fiança.
A expetativa é de que a polícia peça prisão temporária para aprofundar as investigações.
Hoje (8) também vence o prazo das prisões de Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado; Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha —outros suspeitos de participação no crime.
O que diz a investigação?
Até a prisão de Colômbia, a investigação da PF havia chegado a três suspeitos. Um deles, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, teria confessado a autoria no duplo homicídio,.
O pescador foi preso em flagrante em 7 de junho, por porte de munição de uso restrito. Segundo a investigação, o pescador confessou, voluntariamente, a autoria do duplo homicídio, e contou com detalhes a dinâmica do crime.
De acordo com o delegado Eduardo Alexandre Fontes, superintendente regional da PF no Amazonas, Dom e Bruno teriam sido perseguidos por criminosos em uma lancha, que chegaram a realizar “disparo de arma de fogo” contra a dupla.
A PF afirmou que a morte de Dom foi causada por “traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica”.
Bruno teria morrido também após “traumatismo toracoabdominal” e ainda craniano, causado por disparos de arma de fogo com “munição típica de caça”. O indigenista teria levado dois tiros no tórax e um no rosto ou crânio.
Quem são os suspeitos?
A polícia diz que o pescador Amarildo confessou a autoria no crime. Seu irmão, Oseney de Oliveira, conhecido como Do Santos, também preso, negou qualquer envolvimento no duplo homicídio.
Amarildo afirmou à PF que esquartejou e enterrou os corpos do jornalista britânico e do indigenista. No seu depoimento, o pescador também disse ter contado com a ajuda de outras pessoas.
Foi Amarildo quem levou a PF até os corpos —que estavam a mais de três quilômetros da área do crime.
O terceiro suspeito, Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, se entregou para as autoridades após saber pela sua família que a polícia o procurava. Ele é apontado como alguém que participou diretamente do duplo homicídio e ajudou na ocultação dos corpos.