Participando de ato que pedia a volta do AI-5, Bolsonaro nega ataque a instituições

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou, nesta segunda-feira (20), que tenha conspirado contra instituições, apesar de ter participado e discursado de um manifesto neste domingo que pedia a volta do AI-5 e o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“No que depender do presidente Jair Bolsonaro, democracia e liberdade acima de tudo. Peguem o meu discurso [de ontem]. Não falei nada contra qualquer outro Poder. Muito pelo contrário. Queremos voltar ao trabalho, o povo quer isso. [As pessoas] Estavam lá saudando o Exército brasileiro. É isso, mais nada. Fora isso, é invencionice e tentativa de incendiar a nação, que ainda está dentro da normalidade. Respeito o Supremo Tribunal Federal. Respeito o Congresso. Mas eu tenho opinião”, disse.

Bolsonaro completou afirmando que segue a Constituição. “O pessoal geralmente conspira para chegar ao poder. Eu já estou no poder. Falta um pouco de inteligência para quem me acusa de ser ditatorial. Eu sou, realmente, a Constituição”, pontuou.

Carreata

Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro participou de ato contra o isolamento social e a favor de intervenção militar, causando aglomerações e gerando reação de políticos e ministros do Supremo.

Dezenas de simpatizantes se aglomeraram para ouvir o presidente, contrariando as orientações da de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a propagação do coronavírus. Durante o discurso, Bolsonaro tossiu algumas vezes, sem usar a parte interna do cotovelo, conforme orientação das autoridades sanitárias.

Do alto de uma caminhonete, Bolsonaro disse que ele e seus apoiadores não querem negociar nada e voltou a criticar o que chamou de “velha política”.

Neste domingo, “isolamento vertical”, “fora, Maia”, “AI-5 já ” e “Globo lixo” estampavam adesivos nos veículos e em camisas dos manifestantes em Brasília. Com um carro de som e mais de cem motos e carros, a carreata tentou parar em frente ao Palácio do Planalto, mas foi impedida pela Polícia Militar do Distrito Federal.

Alguns manifestantes carregavam cartazes pedindo intervenção militar e até o “direito de explodir a cabeça de um petista” caso ele invada sua propriedade.

 

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