PRESO NO PARAGUAI: Ronaldinho Gaúchovai passar por audiência e pode voltar ao Brasil nessa segunda
Nesta segunda (24), a Justiça paraguaia realiza audiência que pode determinar a volta de Ronaldinho e seu irmão, Assis, ao Brasil.
Na sessão, com a participação dos ex-jogadores, o juiz do caso decidirá se homologa o pedido do Ministério Público para que seja concedida liberdade condicional aos irmãos. Se isso acontecer, a expectativa da defesa é de que na terça eles já retornem ao Brasil.
Como os advogados dos brasileiros não se opuseram à indicação do MP, a tendência é de que a liberdade condicional seja concedida.
Caso ocorra a homologação, o processo por porte e uso de documentos paraguaios com conteúdo falso contra Ronaldinho ficará suspenso por um ano mediante pagamento de multa por dano social no valor de US$ 90 mil.
No caso de Assis, a suspensão seria por dois anos e a multa estipulada em US$ 110 mil. O MP pede também para que ambos se apresentem trimestralmente à Justiça brasileira.
Se ambos cumprirem todas as exigências, ficarão livres dos processos ao final das suspensões.
A defesa acredita num trâmite rápido para a liberação do retorno dos dois ao Brasil em caso de homologação do pedido do Ministério Público.
Um dos facilitadores é o fato de já haver um depósito judicial como fiança no valor de US$ 1,6 milhão. Assim, não será preciso que a dupla providencie nova transferência de dinheiro para o Paraguai a fim de pagar as multas. A quantia será descontada do montante referente à fiança, que será devolvido aos dois.
Os termos para a suspensão do processos de Ronaldinho são mais brandos porque o MP acredita não haver provas de que ele se envolveu na confecção dos passaportes e cédulas de identidade com conteúdo falsificado.
Porém, a promotoria entende que a perícia no celular de Assis mostra que ele sabia das falsificações antes de chegar ao Paraguai. Sua defesa, no entanto, diz que ele acreditava que a papelada era oficial.
Os irmãos foram presos em março depois de entrarem no país com a documentação falsa. Primeiro, ficaram 32 dias presos num quartel adaptado para funcionar também como prisão.
Em abril, eles foram autorizados a ficar em prisão domiciliar num hotel de luxo em Assunção, no qual aguardam o momento da audiência.