Primeiro paciente de 2024 a fazer transplante de coração recebe alta nesta quinta

Há mais de um ano na fila única de transplante à espera de um coração, Ramon Fernandes, de 32 anos, teve sua vida transformada no dia 16 de março, quando recebeu a notícia que a sua espera tinha acabado, após o sim da família de um paciente de 19 anos, que teve morte encefálica. Na manhã desta quinta-feira (25), após 39 dias da realização do transplante cardíaco no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) e pertencente à rede estadual de saúde, Ramon recebeu alta hospitalar, e pediu para deixar a unidade ao som da música “Um Sentimento Novo”, do Irmão Lázaro, sendo acompanhado também por aplausos dos colaboradores.

Emocionado, Ramon agradeceu toda a equipe do hospital e fez um apelo para que as pessoas doem órgãos e ajude a salvar mais vidas. “Não tenho do que falar do Metropolitano. Aqui é tudo de primeira linha, das pessoas aos equipamentos. E só tenho que dizer a toda a população que sejam doadores de órgãos, salve vidas. Eu sei que é um momento muito difícil, pois não é fácil perder um ente querido, mas é um gesto também de amor ao próximo”, reforçou Ramon.

A mãe de Ramon, Simone Fernandes, que já havia perdido as esperanças devido à longa espera, também se emocionou ao voltar para casa com o filho após ele receber um novo coração. “Eu já não estava mais acreditando e perdendo as esperanças, mas Deus fez um milagre na vida do meu filho, dando um coração novo. Primeiramente, quero agradecer a Deus por meu filho ainda estar aqui e à família que doou o coração, que mesmo num momento de dor pôde salvar a vida do meu filho. Quero também pedir para as famílias que sejam doadoras de órgãos e ajude a salvar mais vidas!”, declarou Simone.

Para a médica cardiologista clínica e coordenadora do ambulatório para transplante do Metropolitano, Tauanny Frazão, a alta hospitalar de Ramon é motivo de grande alegria para toda a equipe hospitalar, que há mais de um ano vem acompanhando o caso. Ela ressaltou que o transplante foi realizado sem intercorrências e o trabalho intenso da equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e demais profissionais envolvidos) contribuiu significativamente para a rápida recuperação.

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