‘QUEM NÃO DEVE NÃO TEME’: Senador pede convocação de Carlos Bolsonaro na CPI da Covid
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) anunciou na noite desta quinta-feira (13) que protocolou pedido de convocação de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para prestar depoimentos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 após Carlos Murillo, gerente-geral da Pfizer na América Latina, confirmar que o filho de Jair Bolsonaro (Sem partido), que não tem cargo no governo federal, participou de ao menos uma reunião para negociação de vacinas.
Além de Carlos Bolsonaro, Alessandro Vieira, que é ex-delegado de polícia, pediu ainda a convocação do olavista Filipe Martins, assessor especial da Presidência, que também foi citado pelo executiva da Pfizer, além da quebra dos sigilos de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, que mentiu à CPI do Genocídio.
“Apresentei o requerimento de convocação de Carlos Bolsonaro e Felipe Martins, citados como participantes de reunião“paralela” sobre vacinas, bem como o pedido de quebra dos sigilos de Wajngarten. A investigação técnica exige estas medidas. Quem não deve não teme”, tuitou Vieira, que é líder do Cidadania no Senado.
A convocação de Carlos Bolsonaro chegou a ser cogitada pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), na primeira sessão da CPI, mas o medebista, tido como um dos principais inimigos do clã presidencial, disse que não entraria com o pedido à época para não “pessoalizar a investigação”.
Ao ter seu nome citado pelo executivo da Pfizer nesta quinta-feira (13), Carlos Bolsonaro teria tido um ataque de fúria.
Nas redes sociais, o filho do presidente, que é vereador no Rio de Janeiro, reagiu afirmando que as pessoas querem impedi-lo de ficar próximo ao seu pai. “Sei que existem pessoas que não gostam dos seus e outros ‘forçam’ você a não gostar do seu. Jamais me impedirão de ficar ao lado do meu velho, mesmo que por pouco tempo atualmente!”, escreveu em suas redes sociais.