SENTADOS FRENTE A FRENTE: Encontro de Bolsonaro e Lula no TSE é recheado de tensão

Sentado em posição de honra destinado a ex-presidentes no plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-presidente Lula (PT) teve seu primeiro encontro público com o presidente Jair Bolsonaro na posse de Alexandre de Moraes, nesta terça (16). Durante a entrada do mandatário, o petista não se levantou e foi visto abrindo uma garrafa de água enquanto os demais presentes aplaudiam.

Dilma e Lula chegaram juntos e foram cumprimentados por alguns dos presentes, principalmente ministros do STF, como Cármen Lúcia e Rosa Weber, ambas indicadas à Corte durante o governo petista.

Os dois se sentaram entre o ex-presidente José Sarney, em uma fileira única de quatro cadeiras bem em frente aos ministros do TSE. MIchel Temer (MDB) se sentou na ponta direita do grupo, afastado de Dilma, que o chamou de “traidor”.

Titulares do governo Bolsonaro, como Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil) se sentaram atrás dos ex-presidentes.

Ao ser anunciado para tomar seu assento ao lado de Edson Fachin, presidente do TSE e alvo de constantes ataques do Planalto, Bolsonaro foi ovacionado pelo público, principalmente por seus ministros, que se levantaram. Lula – e nenhum dos demais ex-presidentes -, se levantaram.

Dilma e Temer, separados

Adversários desde o impeachment, Dilma e Temer se sentaram separados na posse de Moraes, apesar de estarem na mesma fileira. A petista se sentou na ponta esquerda, ao lado de Sarney, enquanto Temer ficou no lado oposto, ao lado de Lula.

Embora Dilma não tenha conversado com seu ex-vice, a quem recentemente chamou de “traidor”, Lula passou alguns minutos conversando com o emedebista.

Enquanto esperava o início da cerimônia, Dilma engatou em uma rápida conversa com Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Rosa Weber, indicados do governo petista ao Supremo. Rosa e Barroso, inclusive, foram escolhas da própria ex-presidente.

Lula também conversou rapidamente com Cármen e cumprimentou Gilmar Mendes, decano do Supremo.

Como mostrou o UOL, a presença de ex-presidentes levou o TSE a reforçar a segurança do tribunal. Além deles, os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também compareceram.

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