Sindicato dos Jornalistas emite nota de repúdio contra Roberto Cavalcanti e relembra: ‘Ele deixou 38 jornalistas desempregados durante pandemia’

O Sindicato de Jornalistas Profissionais da Paraíba repudiou, por meio de nota, nesta quinta-feira (14), as declarações do empresário Roberto Cavalcanti, proprietário do Sistema Correio de Comunicação. O empresário disse que os jornalistas e radialistas que divulgavam mortes causadas pelo coronavírus deveriam ser apedrejados na rua.

A entidade aproveitou para criticar o fechamento do jornal impresso “Correio da Paraíba”, o que deixou 38 jornalistas desempregados e acrescentou que o Sistema Correio não protege os jornalistas no coronavírus no ambiente de trabalho. As declarações depor Roberto Cavalcanti ocorreram durante o programa Correio Debate”. mediado pelo radialista Nilvan Ferreira, na 98 FM. O empresário criticou o comportamento de alguns jornalistas que noticiam as estatísticas do novo coronavírus.

Nota de repúdio

A declaração além de chocante causa repulsa na categoria, que foi considerada como serviço essencial durante a pandemia e continua trabalhando em seus postos normalmente. Nem mesmo as funções com possibilidade de trabalho remoto foram liberadas para tal. Outro agravante é a falta de equipamentos de proteção individual como máscaras em diversos desses locais do Sistema Correio, onde os trabalhadores estão expostos e, com isso, já foram identificadas pelo menos cinco infecções pelo vírus.

Agrega-se a essa situação que por si só já define o pensamento do Sr. Roberto Cavalcanti acerca dos trabalhadores que emprega o fato de ter extinguido, em plena pandemia, o jornal impresso Correio da Paraíba, deixando 38 jornalistas desempregados e sem perspectiva.

Porém, a atitude apesar de grave não surpreende, pois o Sistema Correio, do qual o Sr. Roberto Cavalcanti é empresário, há anos vem se negando a negociar reajustes para a categoria e, na primeira oportunidade de flexibilização de direitos, realizou uma demissão em massa mesmo em um momento no qual a proteção ao trabalhador deveria ser prioridade.

Repudiamos esse tipo de postura de qualquer pessoa, especialmente no que se refere a um empresário da área de comunicação. Tomaremos todas as medidas cabíveis para reparar a categoria em relação a essa declaração infeliz.

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