Suspeita é presa por golpe de R$ 15 milhões em vendas de imóveis e avião

Com a falsa promessa de intermediar a compra de imóveis e até de um avião, uma mulher foi presa em Belém nesta terça-feira, suspeita de deixar um prejuízo avaliado em R$ 15 milhões às suas vítimas. Só o avião somou R$ 1,3 milhão em perdas a uma empresa de táxi aéreo. A suspeita de estelionato é alvo de investigações no Pará e em Brasília.

Otaciane Teixeira Coelho, de 26 anos, foi presa em um apartamento de luxo, no bairro do Umarizal. Na residência, os policiais apreenderam o celular pessoal dela, além de documentos que podem ajudar a esclarecer as transações.

“Diante do fato dela estar dificultando o trabalho da polícia, já que foi chamada três vezes para depor, nós representamos com pedido de prisão preventiva, pois ela não podia ficar solta e enganando mais vítimas”, explica o delegado Neyvaldo Silva, diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil (DIOE)

O pedido foi baseado na investigação sobre a venda de um avião a uma dupla de proprietários de empresa de Táxi Aéreo localizada no município de Altamira, no sudeste do Pará. O que chamou a atenção da polícia foi o fato de a suspeita sempre procurar vítimas que atuavam nas áreas em que ela aplicava os golpes.

“Ela se aproximava dizendo que tinha uma empresa, oferecia investimentos. Nesse caso, se ofereceu para intermediar a compra do avião. Movidos pelo poder de convencimento dela, eles entregaram o dinheiro. O tempo passou e os empresários não viram nem o avião e nem o dinheiro”, contou o policial.

Otaciane também é suspeita de agir da mesma forma em sua cidade natal, Porto de Moz (PA), e na capital federal. “Pelo que apuramos, ela tem inquéritos nesses lugares e chegou a ser presa pelo mesmo crime, há três meses, mas conseguiu sair e voltou a praticá-lo”.

A suspeita vai responder pelo crime de estelionato, com agravante de que uma das vítimas tem mais de 60 anos, o que pode dobrar a penalidade, em caso de condenação. “A pena para esse crime é de um a cinco anos, mas, como uma das vítimas tem mais de sessenta anos, a penalidade é de dois a dez anos”, ressalta o delegado.

Todo o material apreendido foi encaminhado para perícia.

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