Valores do seguro-desemprego sobem em 2024 – VEJA GARANTIR DIREITO
Os novos valores do seguro-desemprego, que passaram a valer em 11 de janeiro, representam um aumento de 3,71% em relação aos valores de 2023. No entanto, ainda são insuficientes para atender às necessidades da população que perde o emprego.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), o valor médio do seguro-desemprego em 2023 foi de R$ 1.627,60. Isso significa que, mesmo com o aumento, o benefício ainda está abaixo da linha da pobreza, que é de R$ 2.240,83 por pessoa.
Além disso, o valor do seguro-desemprego é limitado a cinco parcelas, o que pode ser insuficiente para ajudar o trabalhador a se manter durante o período de desemprego.
Além disso, o governo ainda oferece o seguro para:
- quem teve o contrato suspenso em virtude de participação em programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador;
- pescador profissional durante o período defeso;
- trabalhador resgatado da condição semelhante à de escravo.
Não é permitido receber qualquer outro benefício trabalhista em paralelo ao seguro-desemprego ou possuir participação societária em empresas.
“O seguro-desemprego é um importante instrumento de proteção social, mas é preciso que os valores sejam reavaliados para que possam atender às necessidades reais da população”, afirma o economista da FGV, Marcelo Neri.
O governo federal tem adotado medidas para aumentar o valor do seguro-desemprego, mas ainda são necessárias mudanças mais significativas para que o benefício seja realmente eficaz.
Tabela do seguro-desemprego para 2024
Salário médio | Cálculo da parcela |
Até R$ 2.041,39 | Multiplica-se o salário médio por 0,8 |
De R$ 2.041,40 até R$ 3.402,65 | O que exceder a R$ 2.041,39 multiplica-se por 0,5 e soma-se com R$ 1.633,10 |
Acima de R$ 3.402,65 | O valor será invariável de R$ 2.313,74 |
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos e Intermunicipais (Fenetrans) criticou os novos valores do seguro-desemprego, afirmando que eles são “insuficientes para atender às necessidades dos trabalhadores”.
“O governo precisa urgentemente reavaliar os valores do seguro-desemprego para que ele possa realmente ajudar os trabalhadores que perdem o emprego”, afirmou o presidente da Fenetrans, José Roberto da Silva.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) também se manifestou contra os novos valores do seguro-desemprego, afirmando que eles são “uma afronta aos trabalhadores”.
“O governo precisa parar de atacar os trabalhadores e começar a garantir seus direitos”, afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.