Vereador de Guarabira vota contra aumento do próprio salário e justifica: ‘É um tapa na cara da sociedade’

Após os vereadores de Guarabira votarem pelo reajuste dos próprios salários e do executivo, Renato Meireles (Cidadania) comentou ao vivo no programa radiofônico 360 Graus.

Segundo o vereador que votou contra o reajuste, sua percepção é que o projeto de reajuste veio na hora errada: “Não quero crucificar nenhum colega, mas meu entendimento é que não é o momento. É uma tapa de luva na cara da sociedade”.

Ele disse que chegou até o seu conhecimento, que alguns secretários achavam a remuneração de R$ 4.638,00 “pouco” e manda um recado: “Se acha que ganha pouco, entregue o cargo”.

O vereador ainda disse que agora cabe ao prefeito interino vetar o projeto e relembra que “nem tudo que é legal é moral”.

O projeto de lei

O reajuste, aprovado por oito votos favoráveis e quatro contrários, estabelece em R$ 25 mil a remuneração do prefeito e R$ 12,5 mil a do vice, um acréscimo de 38,8% em relação aos antigos salários de R$ 18 mil e R$ 9 mil, respectivamente. Já os secretários municipais sofrem o maior aumento, cerca de 61,7%, deixando de receberem R$ 4.638,00 e passando para R$ 7.5 mil.

O salário dos vereadores sai dos atuais R$ 7,5 mil para R$ 10 mil, cerca de 33,3% de aumento. O presidente da Câmara passa a receber R$ 16,5 mil e não mais R$ 13.505,00, um reajuste de 22,1%.

Para Renato Meireles, o seu voto é de coerência pelo que já defendeu na Casa Osório de Aquino nos três anos e meio de mandato, como o não reparcelamento dos R$ 5 milhões do Instituto de Previdência e Assistência Municipal (IAPM), os votos contrários às reuniões de ouro da Superintendência de Transportes e Trânsito (STTrans), a cobrança da taxa de iluminação pública da Zona Rural, o posicionamento contra a negativação dos guarabirenses no SPC e Serasa e o aumento da taxa de iluminação pública.

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