Xeque mate e gastos irregulares: as investigações que rondam a gestão Vitor Hugo

Em abril, o ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana, confessou como se deu a compra de seu mandato e, no mesmo depoimento, implicou o atual prefeito da cidade, Vitor Hugo, no processo criminoso. O atual gestor do município nega, até hoje, que tenha compactuado com o esquema criminoso e aceitado uma propina de cerca de R$ 20 mil. Para a sorte de Hugo, um mês antes do depoimento de Leto, ele já havia sido eleito prefeito da cidade nas eleições suplementares. As polêmicas, no entanto, não iriam abandonar o gestor municipal.

Antes de ter sido eleito pelo voto popular para a prefeitura da cidade, Vitor já estava no comando da gestão municipal. Em abril de 2018, o então vereador era eleito para a presidência da Câmara e, assim, assumia momentaneamente a gestão municipal. Do mesmo partido, aliado e, muitos diriam, até amigo de Leto, Vitor Hugo foi acusado pelo ex-contador da prefeitura no final de 2018 de cometer irregularidades durante o mandato interino.

Arthur José Albuquerque Gadêlha divulgou, no dia 12 de dezembro, uma carta aberta à população onde afirma que percebeu, “no mínimo”, “fatos estranhos” na gestão do prefeito Vitor Hugo. De acordo com o ex-contador, Vitor Hugo teria afirmado que reduziu os gastos com folha de pagamento, mas, na verdade, a informação não passava de uma grande mentira.

“Essa assertiva do prefeito interino não condiz com a realidade dos fatos, haja visto que, segundo dados contábeis, demonstrados através do Sagres do TCE-PB, o montante gasto com pessoal nunca diminuiu, pelo contrário, aumentou”, garante o ex-contador.

Arthur decidiu escrever a carta após ter sido surpreendido, segundo ele conta, com mensagens via WhatsApp, diretamente do prefeito Vitor Hugo, o acusando e o intimidando a respeito de sua participação em uma reunião com a presidente da Câmara, vereadora Geusa Ribeiro.

As irregularidades na gestão municipal não param por aí. Em novembro deste ano (no mês passado), o Tribunal de Contas alertou a gestão de Hugo por problemas na área da saúde do município. A determinação do TCE era de que o prefeito e o secretário de saúde do município providenciassem alvará e uma equipe médica que atende adequadamente às licenças, plantões e férias nos serviços públicos municipais.

Da redação

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