Ludmilla encerra aniversário de SP com baile funk e Legião Urbana

Corria o ano de 2015 e, com apenas um dia lançado, Ludmilla se apresentava em uma preguiçosa manhã de domingo na Virada Cultural paulistana, para um público de não muito mais de cem pessoas no acanhado palco do Largo do Arouche –a grande maioria, pessoas ligadas à comunidade LGBT.

Corta para 2019. Estrela pop, a funkeira passou por banho de loja, produção, viu a fama ir às alturas e, nesta sexta (25), viveu aquele que talvez seja o momento mais alto de sua carreira ao encerrar o show principal da festa de aniversário de São Paulo, no vale do Anhangabaú, que já contou com nomes como Ney Matogrosso e que ano passado teve Anitta.

O jogo virou para Ludmilla. Com o adequado hit “Cheguei”, ela abriu os trabalhos e logo partiu para “Fala Mal de Mim”. A musica deu a deixa. Apesar de misturar no show suingue e batidas sertanejas, Ludmilla é fiel às raízes e faz questão de criar um ambiente muito próximo ao dos bailes funk do Rio.  Seu medley do “Baile da Gaiola” fez o chão tremer no centro de São Paulo.

Após econômica participação de Pabllo Vittar no show de Rael, que deixou muita gente decepcionada, a plateia foi à forra com Ludmilla, cantando junto cada verso e refrão. Era como se estivesse em casa. “Eu comecei aqui, em São Paulo. Foi onde fiz meu primeiro show como MC Beyoncé”, lembrou a cantora de apenas 23 anos.

Apesar da produção pop, o show de Ludmilla é simples e guarda a essência do funk. Ela foi acompanhada de banda, DJ, um grupo de quatro dançarina e uma backing vocal que parecia perdida na dinâmica do espetáculo, em meio à fumaça “gelo seco”. Mas ninguém ali parecia se importar com isso.

Ludmilla também é econômica no discurso, evitando temas ligados à política e a eventuais polêmicas. Ela prefere atiçar no gesto e dançar (até o chão), enlouquecendo milhares de seguidores. O vale lotou. para vê-la. “Nossas amigas podem nos chamar de piranha, mas só elas porque a gente é solteira e pode ficar com quem quiser”, disse ela, entre um e outro pancadão.

O show expresso, de cerca de uma hora, mais curto que os anteriores, não deu chance ao papo. Entre os destaques, a versão de “País e Filhos”, da Legião Urbana, cantada com sotaque soul e celulares acesos na escuridão, e a nova “Clichê”, em que Ludmilla se rende mais uma vez ao batidão sertanejo.

“Hallo”, da “ídola” Beyoncé, resgatou o passado seu passado de MC Beyoncé, fazendo a alegria dos fãs das antigas e do pop internacional. E muitos comentavam sobre como ela evoluiu em sua técnica vocal, que já chegou a ser alvo de críticas. Foi o momento em que Ludmilla ganhou mais aplausos.

Ao fim, apesar de curta, a apresentação deixa o sentimento de que, se Anitta é a rainha do nosso pop, o primo pop funk tem outra monarca de consoante dobrada. Tão ou mais adorada pelos súditos. E provavelmente será assim por pelo menos mais alguns anos.

Fonte: Uol

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