BANIDOS DA REDE: Facebook começa a apagar posts que apoiam o Talibã

O Facebook confirmou que continuará proibindo a utilização da rede social pelo Talibã e a divulgação de conteúdos em apoio ao grupo armado, que a empresa classifica como organização terrorista. O anúncio foi feito na 2ª feira (16.ago.2021). Durante anos, o Talibã usou a rede social para divulgar pautas e mensagens.

A rápida tomada do Afeganistão levanta novos desafios para empresas de tecnologia sobre como lidar com o conteúdo relacionado ao grupo extremista.

O Facebook diz ter uma equipe de especialistas afegãos especialmente dedicada a monitorar e remover conteúdos vinculados ao Talibã. “São falantes nativos de dari e pashto [línguas faladas no Afeganistão] e têm conhecimento do contexto local, ajudando a identificar e alertar sobre questões emergentes na plataforma“, explicou um porta-voz do Facebook.

Apesar da proibição, eles continuavam a usar o WhatsApp, que pertence ao Facebook. Na noite desta 3ª feira (17.ago), de acordo com o Financial Times, a plataforma de mensagens encerrou uma conta criada pelo grupo para receber denúncias de episódios de violência e saques.

Um porta-voz do aplicativo disse à AFP que a empresa deve cumprir todas as sanções impostas pelos Estados Unidos, que “inclui a proibição de contas que pareçam ser canais oficiais“.

O Talibã foi sancionado como organização terrorista pela lei dos Estados Unidos e nós os banimos dos nossos serviços de acordo com as nossas políticas de Organização Perigosa. Isso significa que removemos contas mantidas por ou em nome do Talibã e proibimos elogios, apoio e representação deles“, disse à BBC.

Segundo o Facebook, a política se aplica a todas as suas plataformas, incluindo WhatsApp e Instagram.

Plataformas rivais também estão sendo questionadas sobre a forma como lidam com conteúdo relacionados ao Talibã. Porta-vozes do grupo usaram o Twitter para atualizar os seu seguidores sobre o avanço pelo território do Afeganistão.

O Twitter disse que possui políticas contra organizações violentas e proliferação do ódio.

O YouTube ainda não comentou.

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